Sessão 017 – Portal do Inicio do Fim – Parte 2 (22/11/2019)

As vozes dos cultistas ecoavam pela caverna, trazendo-os mais próximos do final do ritual. Mas o encontro deles com o Faraó Negro, levou suas almas até uma cidade do outro lado do mundo, em um outro tempo. Real ou não, eles trariam com eles conhecimento…
Ainda distantes do plano em que estavam batalhando o Coroinha, os aventureiros já haviam subido as escadarias em espiral, levando com eles o jarro onde haviam prendido a enorme criatura, e filha de Madame Adriana, Barbara, que ainda estava desacordada. No cemitério, Yoni, Drexter, Sombra e Durîn, discutiram sobre curar ou não a menina, pois Yoni desconfiava que ela gostaria de descer com o Jarro, e isso trazia uma grande preocupação sobre a libertação do monstro.
A discussão levou alguns minutos, mas no fim, Drexter tomou a responsabilidade para si e curou-a. Barbara acordou atordoada, e como a druida havia previsto ela imediatamente requisitou que o jarro lhe fosse retornado, para que ela descesse e terminasse o ritual, pois sem limpa-lo, ela não poderia ajudar sua mãe. O grupo discutiu com ela, contando como terminou o embate contra os cultistas do Rei Amarelo, e sobre a captura do monstro, e com bastante dificuldade eles a convenceram de levar o Jarro do jeito que está para que a mãe dela analisasse melhor, afinal ela nunca havia visto a criatura, e o risco de liberta-la e causar problemas mais terríveis seria grande.
Drexter falou com Barbara que tentasse ajuda de um Clérigo ou Paladino para curar a mãe dela, pois ele havia conseguido tirar algumas das doenças dela antes, e se não fosse possível que ela mesma tentasse adquirir estas habilidades, mas a menina disse a eles que lá não haviam pessoas assim, e que para ela isso seria impossível. Terminada as discussões o grupo então, montou em seus camelos emprestados, e seguiram pelo deserto de volta a cidadezinha, e lá procuraram Madame Adriana.
Ao chegarem na cidadezinha, os aventureiros avistaram a casa abandonada onde a enferma Madame Adriana estava. Na porta da casa estava a velha enferma, que os recebeu a distancia, indicando para se aproximarem o mais rápido possível. Yoni nem chegou perto, evitando assim seu contato com a velha estranha, mas os outros se aproximaram, e contaram-na sobre os acontecimentos na gruta subterrânea, sobre os cultistas, e sobre o aprisionamento da criatura no jarro. Apesar de demonstrar alegria ao ver a filha, ela não havia demonstrado nenhum sentimento sobre os relatos, até que Yoni falou sobre a filha dela estar levitando numa bolha de sangue e repetindo as palavras do ritual dos cultistas. Mesmo assim, madame Adriana, virou-se para sua filha e perguntou se ela havia terminado o ritual, e ignorando a resposta repentina do paladino, ela aguardou que sua filha recontasse o que havia feito:
Barbara: “Cheguei levar o jarro até o fundo do lago, e comecei o ritual, mas fui interrompida… Mas não sabe o quanto havia conseguido retirar do Jarro…“. A mulher contou a sua mãe como havia sido capturada, e como ficou desacordada em um momento da batalha contra os cultistas, e sobre a captura da criatura pelos aventureiros. Madame Adriana, pegou então o jarro de sua filha, e enquanto Durîn questionava onde estava “Irrelevante João”, ela colou o jarro na areia a sua frente, fez um circulo, e com isso deixou a druida em panico. Yoni montou em seu camelo e tentou correr, mas era tarde demais. Adriana já havia entoado algumas palavras em Infernal: “Diga seu Conteúdo!“, fazendo com que o jarro brilhasse, e logo depois a velha enferma se levantou dizendo: “Você conseguiu jogar fora parte do que eu havia absorvido. Mas ainda tem um espaço grande… Dará para salvar algumas pessoas, mas depois teremos que despejar novamente…“.
Escutando isso, Drexter questiona se ela havia visto o monstro no jarro, mas ela apenas disse que tudo parecia estar normal. Mas vendo as reações dela, Durîn percebe que ela estava escondendo algo, e que provavelmente era de sua filha. O anão então virou-se para Barbara, entendendo que ela não havia percebido, e requisitou dela que procurasse o “Irrelevante João”. Madame Adriana, reforçou o pedido, e disse para ela o procurar em alguma taverna da rua principal, pois ele provavelmente não voltaria ao sultão sem ela.
Durîn esperou que Barbara se afastasse, e questionou em Infernal a velha Adriana, que prontamente informou ao grupo que não falava infernal, e que apenas sabia reconhecer a língua. Cedendo, ele pergunta em comum o que havia de errado com o Jarro. Mas Madame Adriana, contou ao grupo, que o Monstro que eles haviam visto, fazia parte do Jarro, e portanto não havia nada de errado. Ela contou ao grupo também que a Criatura não está inteiramente nesta dimensão, existindo aqui e lá ao mesmo tempo, e que quando ele tenta passar para esta dimensão, ela suga estas partes que tentam atravessar os planos e os jogam de volta para ele no Jarro, e que Barbara se encarrega de joga-los de volta ao Abismo, por meio de um ritual. Limpando o Jarro, e mantendo a criatura presa na outra dimensão. Madame Adriana contou-lhes também que se eles absorveram a criatura para o Jarro, que ele está fechado e trancado de volta onde estava, demonstrando a segurança abrindo e fechando a tampa do jarro rapidamente, e causando uma pequena taquicardia de Yoni, que estava acariciando seu camelo e pensando que nome ela daria.
Recuperando-se do susto, a druida perguntou a velha se ela estava doente, mas ela apenas informou que estas doenças fazem parte do que ela absorve das pessoas. O grupo começa a discutir sobre a cobrança de suas recompensas, quando Madame Adriana apenas os informa que não tem muito tempo a perder, e que precisa esvaziar suas enfermidades no jarro o quanto antes, pois já não tinha mais tempo, e ofereceu ao grupo a oportunidade de observar seu ritual. Assim, Sombra e Drexter entraram na casa com a velha doente, para observar o ritual de purificação, e enquanto os 2 entraram na casa, o resto dos aventureiros aguardavam do lado de fora.
Salões do Faraó Negro:
Raio Surgiu, dentro da escuridão sem fim. No final do corredor negro, estava um Trono de Ouro, e nele a figura do Faraó fitava um Sol Alaranjado, exposto aos olhos como se numa janela direto do espaço sideral. A tabaxi sentiu a tensão no ar, e percebeu imediatamente que não estava em nenhum lugar que ela conhecia. Sem olhar para ela, o faraó falou para ela: “Sua mente parece mais estável, talvez por isso tenha chegado tão tarde… Não lhe farei perguntas.” E olhando rapidamente para a Ranger ele estalou os dedos dizendo: “Apenas observe o Final.“.
Do lado de Fora:
Al-Ghurab e Raio surgem juntos próximos aos seus companheiros. O mago, imediatamente demonstrou que havia surgido ali direto da batalha deles com os cultistas do Rei Amarelo, e Raio estava apenas confusa. Yoni e Durîn, contam parcialmente aos dois o que havia acontecido, enquanto aguardavam o retorno de seus companheiros.
Ritual de Purificação:
Madame Adriana entra no quarto que Drexter a havia encontrado, e pede que eles aguardem na porta. A velha colocou o Jarro no centro do quarto cheio de runas, e se despiu, demonstrando aos companheiros o quanto ela estava enferma. A velha então começou a dançar ao redor do Jarro, entoando baixo uma especie de encantamento em Infernal… Tentando capturar o teor do Ritual, o Paladino percebe apenas que pela forma e intenção da mulher, ela estava protegendo o local e a ela mesma.
A Velha dançou ao redor do Jarro por quase 1 hora. Parando de repente no quarto e após uma unica palavra em Infernal, seu corpo se contorceu no ar “quebrando” seu corpo como alguém abre um ovo. Do abdome dela, saiu uma gosma negra, que se acumulou no ar espirrando alguns poucos pingos para os lados num cheiro de sujeira grande. O jarro se abriu sozinho e depois de absorver toda a gosma negra, se fechou, deixando Adriana limpa, sem nenhuma verruga, corte ou enfermidade. Madame Adriana, estava inclusive 10 anos mais nova.
Deixando o Jarro onde estava, Adriana, retirou um roupão fino, vermelho e de mangas listradas em vermelho, prendeu-o em seu corpo com um belo broche de ouro e adornado em vermelho, virou-se para eles, e convidou-os a sair dali. Ao passar pelo batente, os aventureiros a viram fazer algum gesto na porta, e entoar alguma coisa, e depois de fechar a porta do quarto, eles seguiram para a porta da casa.
Do lado de Fora:
Ao avistar Adriana, e a reconhecendo apenas pela imensa semelhança, o mago perguntou se eles poderiam conversar. Madame Adriana lembrou-se de sua promessa, e os convidou a sua casa do outro lado da rua, mas antes de sair, requisitou que quem havia quebrado a porta que conserte, pois ela faz parte das proteções contra o Jarro. Durîn é dedurado pelos aventureiros, e acaba incumbido de buscar pregos do armazém da rua principal e resolver o problema.
Al-Ghurab tenta usar a oportunidade para adquirir equipamentos em nome dela, mas como se soubesse o que ele pensava, Adriana apenas disse: “Não!” e os levou para dentro de sua casa. Lá dentro ela ofereceu ao grupo um chá, afirmando estranhamente que não se preocupassem pois não havia “Inverno Eterno” ali. A pergunta intriga e preocupa Yoni, que questiona a anfitriã sem nenhuma resposta, e a segue para a cozinha insistindo numa resposta, mas tudo que Madame Adriana respondia fora o fato de que esta erva era muito usada em rituais, ela repetia: “Por que Vocês me falaram!“. A druida pensou um pouco, e depois de perceber que ninguém havia falado nada com ela sobre o assunto, ela volta a questionar, mas Adriana apenas repete e pede que aguarde na sala.
Perguntas na Casa de Madame Adriana:
Algum tempo depois, Barbara retorna para casa e informa que João estaria ali em breve. E logo quando o chá estava pronto, Durîn retornou. O anão havia conseguido 10 pregos com o armazém, e depois de perder 2 e consertar a porta com 4, ele guardou os outros 6 em sua mochila sem falar nada.
Adriana serve o chá para todos, sem se preocupar com quem gostaria ou não de toma-lo. Yoni cheira e tenta identificar as ervas usada, percebendo o cheiro de erva doce, camomila, e algo diferente que ela não conseguia identificar, mas que definitivamente não parecia fazer mal. A anfitriã disse a eles que o chá não é obrigatório, e que era apenas para entreter, pois ela não era maligna. Mas isso não pareceu acalmar a todos, pois Raio questionou mais uma vez de que era o chá, e depois de receber uma resposta genérica, ela ia refazer sua pergunta, quando o Paladino se aproveitando disso perguntou ao ar, quem era essa mulher, com a intenção clara de praticar bullying contra a tabaxi.
Porém, Madame Adriana, respondeu estranhamente mais uma vez. Bebendo um pouco do chá ela apenas disse, que Raio era uma companheira deles, e novamente afirmou que eles a contaram isso. Os aventureiros continuavam intrigados, mas no fim ela ignorou os olhares e afirmou a todos que iria responder 3 perguntas de cada, mas os avisou que eles deveriam fazer as perguntas direito, pois ela era obrigada a responder de forma “direta”, e avisou também que eles não falassem enquanto as perguntas estavam sendo feitas, para evitar que perguntas desnecessárias sejam consideradas oficiais, e tirem o direito de outros.
Drexter foi o primeiro a perguntar: “Porque o Faraó Negro, nos trouxe até você?“.
Madame Adriana: “Porque é Importante que vocês saibam, o que pode e o que não pode ser feito para interromper estes Rituais… digamos… De ligação com o Abismo, e com os Reinos Distantes.“.
Yoni: “Você é seguidora de um destes deuses dos Reinos distantes?”
Madame Adriana: “Não.“.
Drexter: “Porque eles iam usar sua filha como um portal para trazer o Rei Amarelo para cá?“.
Madame Adriana: “Porque ela é Virgem.“.
Yoni: “Como você conhece o Rei Amarelo, o Faraó Negro…?”
Madame Adriana: “Porque infelizmente é com o Limiar que eu trato. E o mensageiro está no Mundo a muitos e muitos anos. Digamos que ele está trazendo… Coisas. E o Rei Amarelo é um Deles.“.
Sombra: “O que é o Rei Amarelo, no meio disso?“.
Madame Adriana: “Uma Entidade Poderosíssima.“.
Yoni fez sua ultima pergunta: “Eles querem virar divindades aqui?”
Madame Adriana: “Eles já são divindades, já eram cultuados a muito tempo…“.
Durîn: “Antes de sermos chamados pelo Faraó Negro, estávamos tentando interromper o Ritual. Como podemos para-lo?“.
Madame Adriana: “Pelo que vocês me contaram… Acredito que vocês tiveram experiencias suficientes na caverna… Então não há necessidade de responder esta pergunta… Vocês viram.“.
Raio: “Qual é a forma correta de inverter o efeito do Inverno Eterno?“.
Madame Adriana: “Não se inverte o efeito de alguém que já foi maculado… Seja por inalação, injeção ou ingestão. O Inverno Eterno, pode ser usado para macular qualquer pessoa.“.
Durîn: “O que a senhora sabe sobre meu passado?“.
Madame Adriana: “Apenas o que você consegue me falar…“.
Al-Ghurab: “O Rei Amarelo, já apareceu para mim no passado. Você tem alguma ideia do por que ele teria aparecido para uma criança que não sabia nada sobre ele?“.
Madame Adriana: “Tem certeza que não sabia nada na época?“.
Raio: “Que tipo de Ervas, ou mistura eu posso usar para imunizar, as pessoas que tiveram contato com Inverno Eterno, pelo menos por algum período de tempo?“.
Madame Adriana: “Esta é uma boa pergunta… Eu tenho a resposta numa folha de papel. Darei a você.“.
Sombra: “Você sabe alguma coisa sobre a Porta Branca, e ao que ela está conectada?“.
Madame Adriana: “Somente o que vocês conseguem me falar…“.
Al-Ghurab: “O que estas Divindades querem?“.
Madame Adriana: “Humm…Algumas querem trazer o Caos, Morte, Destruição para este Novo e Velho mundo…Algumas querem apenas influenciar as mentes mortais… Mais diretamente. Outras querem trazer de volta alguns seres. E outras apenas querem SER.“.
Al-Ghurab faz sua ultima pergunta: “Como estas Entidades podem influenciar o Futuro de Iantarkel?“.
Madame Adriana: “Escancarando as Portas das Casas Deles!“.
Raio faz sua ultima pergunta: “Qual Semente eu poderia plantar em qualquer terreno, e ela ignoraria qualquer maldição, e ela conseguiria semear?“.
Yoni: “Macaxeira… da em todo canto…“.
Depois do ensurdecedor silencio, Madame Adriana responde: “Existia uma Arvore… Imensamente Rica. E seu fruto nasce em QUALQUER LUGAR. Eu não me sei o nome dela mais… Mas ela ficava na Floresta Morta. Onde você tiver mais acesso a informações… Procure por Arvores do Mundo… Yggdrasil.“.
O grupo se entreolha, e a tensão sobre as ultimas três perguntas disponíveis começam a pesar sobre eles… E sem poder falar em voz alta, para não atrapalhar os direitos as ultimas perguntas, e seguindo os avisos de Madame Adriana, Yoni, Raio e Al-Ghurab, pensam algo que partilhariam no futuro sobre a Arvores do Mundo, e a Floresta Morta.
Yoni lembrou-se de uma conversa com sua mestra, sobre as grandes florestas do mundo, e como o mundo perdeu uma floresta a provavelmente mais de 3 mil anos, local onde um Grande Pesquisador se perdeu, e que fica no Continente Ocidental Norte. Yoni lembrou-se também que a floresta hoje é proibida, e que sua região é vigiada pelo império do deserto, e que esta floresta tem seu nome pois está coberta de arvores mortas.
Raio lembrou-se de suas leituras e treinamento, e Yggdrasil foi uma de suas pesquisas. A tabaxi sabia que no mundo haviam 2 destas arvores. Uma delas ficava no Continente Oriental Sul, hoje o Reino dos Dragões, e a outra ficava no Continente Oriental Norte. A ranger não sabia qual delas era a primeira, mas sabia que uma delas foi plantada vinda de outro lugar. E que infelizmente hoje não existem mais, pois o único lugar onde as sociedades ainda tem acesso, é a Floresta Morta, onde não há nada, e ninguém entra.
Al-Ghurab, sabia apenas o que havia escutado nas Histórias de seus pais, e das lendas e contos de quando eles ainda moravam no deserto de Ijita. Assim o mago lembrava, que a Imperatriz do deserto, isolou a área com inúmeros fortes, onde ergueu Fortes nos montes que fazem fronteira com a Floresta Morta, hoje conhecido como Montes Mortos. Ele sabia que os fortes duraram pouco, e que hoje restavam apenas dois deles, o forte da Cabeça da Serpente, ao norte da floresta e às margens da Língua Flamejante, e o outro fica ao sudeste do deserto, chamado Observadores da Floresta Morta. Este ultimo é o único que, segundo as histórias, ainda faz as rondas e vigílias nas fronteiras da Floresta, enviando suas Tropas dos Sóis. O mago havia escutado também, que os motivos destas vigílias não eram contados a ninguém de fora do forte, sendo considerado segredo de estado.
Drexter faz então sua ultima pergunta: “Você saberia dizer algo sobre o demônio que saiu da Casa da Porta Branca? Esta deve ter sido uma Entidade que chamou atenção…“.
Madame Adriana: “Pelo o que Vocês me contaram… este parece ser um Guardião… Um Sacerdote que retornou a este plano. Algo como o que eu mantenho em meu Jarro.“.
Durîn faz sua ultima: “Quando nós voltarmos daqui, para onde estávamos… no meio do Ritual. Poderemos levar alguma coisa daqui? Alguns itens?“.
Madame Adriana: “Cabe a quem os trouxe, responder a esta pergunta.“.
Sombra então faz a ultima pergunta dele e do Grupo: “Tem algum jeito de proteger a região dos efeitos da profanação feita pelos cultistas? Que tira a memória e a Vida dos cidadãos?”.
Madame Adriana: “.Sim… Existem tomos antigos, que falam de rituais… marcações. E com certeza se tiverem acesso a estes livros, vocês serão capazes de faze-lo.“.
Terminada todas as perguntas do grupo a anfitriã se levanta e diz: “Espero que aproveitem as respostas dadas. Boa sorte! Acredito que serão levados em breve…“.
Durîn, então questiona a misteriosa mulher, se ela conhecia algum tipo de explosivo, que espalharia sono para quem respirasse. Mas ela os informa que isso seria um trabalho para um Arcanista e que ela não seria capaz de ajuda-los, e que sua filha talvez poderia, mas Barbara os informa que levaria muito tempo e assim eles resolvem procurar no vendedor ambulante onde o mago havia encontrado componentes materiais. Al-Ghurab, tenta insistir em conversar mais sobre o Rei Amarelo, mas Madame Adriana diz apenas que o que ela poderia dizer, seria por meio das perguntas, e estas já haviam acabado.
Raio, perguntou a senhora da casa se ela reconhecia o baú encontrado no apartamento de Nora, “…quando ela usava seu nome…”, e se ela conseguiria abrir. A velha respondeu não, sem um pingo de estranheza, mas percebendo que a tabaxi ainda estava confusa, Drexter explicou a ela que na sociedade de humanos, elfos, anões etc. os nomes se repetiam. E assim percebendo que esta mulher não era relacionada com Nora, a ranger apenas demonstrou sua frustração e deixou para lá.
Assim, o grupo esperou que João retornasse, e depois de receber dele as 20 mil peças de ouro, eles se dividiram. O mago ficou na casa para estudar e anotar Identify em seu Grimório, enquanto o resto seguiu a procura do vendedor ambulante na rua principal.
Barraca do Ambulante e Ferreiro:
Os aventureiros chegaram ao mercador, e começaram a negociar, procurando por itens, armas, escudos e armaduras magicas. No fim, o grupo comprou dele um bastão de silencio magico, que duraria 1 hora ao ser ativado, criando uma área de 10ft (2sq ou 3m) de raio, mas que se fosse quebrado, além de desfazer a área, causará dano ao usuário que o ativaria. O mercador disse a eles também que o item não precisava de sintonia, mas tem apenas um uso diário, e custaria também a voz do usuário que o ativar, pelo tempo em que o item estiver emitindo a área. E o bastão recuperaria seu uso ao amanhecer, e para o caso de estar quebrado, ele retornaria reconstruído para seu ultimo usuário também ao amanhecer.
O anão ficou louco pelo item, e nem ao menos negociou, oferecendo ao mercador os 8 mil que ele havia dito que o preço estaria próximo. O mercador aceitou, mas com a condição de outras compras. Assim, Drexter comprou uma Espada Longa magica, que segundo o vendedor, brilhava durante a luz da lua. Vendeu também um Escudo Magico, para o Paladino, e uma
Raio adquiriu dele 3 Chaves com a forma de uma Interrogação, que segundo ele tem uma chance de abrir qualquer coisa, e desaparecer. Mas enquanto não funcionar, ela ainda podia ser testada contra qualquer fechadura. Sombra comprou um Bastão de batalha magico, adornado com runas arcanas. O anão adquiriu também um Bolso magico, que ele poderia costurar em qualquer lugar de sua roupa e consegue guardar o equivalente a um cantil em espaço e 2 libras em peso.
Satisfeitos com suas compras os aventureiros procuraram pelo ferreiro da cidade, e lá antes que pudessem perguntar qualquer coisa, Yoni pede por um Escudo de Madeira, ou por alguém que produzisse itens em madeira. O ferreiro estranha a pergunta, mas depois de informa-los que apenas ele poderia ajuda-los, ele constrói um escudo de madeira com uma tira de couro, dois pregos, e uma tabua velha que ele não sabia dizer de quem era, cobrando da druida 2 peças de prata pelo item, se ela quisesse. Satisfeita com sua compra, Yoni e os outros perguntam de armaduras, e depois que o anão rejeitou a Armadura Completa que o ferreiro tinha a venda por 1600 peças de ouro, Drexter a comprou.
Durîn, compra também uma Splint, que havia sido forjada para o Sultão, e por ter filamentos de ouro adornando seu peitoral, e nos ombros estavam duas opalas adornando-a. O ferreiro a vendeu um pouco mais caro ao guerreiro pois ela era a unica deste modelo, e ao vende-la, ele teria que produzir outra do mesmo jeito para substituir a encomenda.
Yoni e Raio, compram também uma armadura de Couro Batido dele, melhorando levemente suas defesas. Sombra, questiona se ele tinha um bastão de metal, e recebe a oferta de um cabo feito para a criação de uma alabarda, que depois de checar seu uso, ele decide comprar para pelo menos treinar com ele.
Terminadas as compras, e depois de vestirem seus novos itens, os aventureiros vendem seus itens antigos. O guerreiro vende sua Ring Mail e tenta vender duas adagas, mas o grupo o convence a não vender, e ele as guarda. Drexter, vende seu Escudo, Chain Mail e sua Espada longa antiga e Raio, vendeu sua antiga armadura de couro, e tenta vender o simbolo magico, mas o ferreiro não estava interessado, e assim o grupo retornou após quase duas horas de compras para a casa de Madame Adriana, e ao chegarem, encontram apenas o Mago terminando de estudar Identify, e a filha sentada na sala, aguardando-os.
Identificações e Chaves Mestra:
O Mago conseguiu anotar a magia, e percebeu que após seus estudos, a pagina deste grimório não havia sumido, e assim ele poderia usa-la como um pergaminho em uma ocasião posterior. Vendo que seus companheiros haviam chegado, ele decide identificar os itens mágicos que o grupo havia coletado até o momento na cidade de Ul-ator, enquanto os aventureiros discutiram os acontecimentos do dia. Al-Ghurab pegou os itens e começou a tentar identifica-los por ritual:
- Anel ainda no dedo, encontrado nos pertences do primeiro grupo de cultistas, emanava uma aura de abjuração e necromancia: O primeiro item a ser identificado por ele, quase lhe custou sua saúde mental, graças ao simbolo estampado no anel, mas após gastar 11 minutos, ele não obteve sucesso.
- Orbe grande, emana abjuração: Após 21 minutos, ele conseguiu identificar a Orbe como um focus Arcano magico, que ajuda na conjuração e ataques com magia, como a Varinha de Mago da Guerra. Mas percebeu também que ela estava amaldiçoada, causando dano necrótico em qualquer um que tente usar esta orbe sem ter sido abençoado pelos rituais do culto.
- Pequeno Cetro retorcido, emanava encantamento, ilusão e abjuração: Após 21 minutos, ele o identificou como sendo parecido com a Orbe, mas que é voltado apenas para Warlocks.
- Pistola velha emanava transmutação: Após 11 minutos, ele a identificou como uma pistola magica que aumenta levemente o dano de seus disparos.
- 5 Pergaminhos encontrados na casa de Madame Adriana: Após 11 minutos por pergaminho, ele descobre que todos são de Cure Wounds, conjurados no nível 2.
- 2 Pergaminhos de pele encontrado com os Cultistas: Após algumas tentativas, ele percebe que não consegue identifica-los, e acaba deixando-os para uma posterioridade.
Raio, se junta com Yoni, e tentam sem parar abrir o pequeno baú que ela havia encontrado no apartamento de Nora. E assim, enquanto Yoni testava se a aura de Divinação ainda emanava de algo dentro do baú, a ranger tentava abrir com uma das 3 Chaves Mestras. A druida confirmou que a aura permanecia, mas a tabaxi continuava sem sucesso, e uma a uma as chaves falhavam, requerendo deles uma espera de ao menos 1 hora. Intrigados, eles pedem que o mago identifique a chave, e após 11 minutos, ele acaba confirmando que o mercador falou a verdade, e informando a elas que a chance de sucesso era de 5%.
Esperançosos, o grupo todo se revesa tentando abrir o baú, 3 tentativas por hora, mas elas apenas se moldam a fechadura e saem sem funcionar. A Sociedade da Porta Branca, continuou tentando até o anoitecer, quando a noite os levou de volta para os Salões do Faraó Negro.
Salões do Faraó Negro:
Os aventureiros surgem, novamente a frente da misteriosa entidade, vestidos e empunhando tudo que haviam conseguido nesta estranha missão. E quando eles chegaram, o Faraó olhou para eles e disse: “Bem vindos de Volta!Espero que tenham aproveitado…”
Drexter: “Conseguimos fazer o que o Senhor queria. Salvamos”.
O Faraó Negro sorriu macabramente e disse: “Que bom!“.
Drexter ignorou o sorriso e continuou: “Nós impedimos que uma família se desfizesse…“.
E o Faraó apenas continuou: “Talvez! Mas o principal não era Esse! Viram o Ritual correto?!“. Os aventureiros confirmaram para ele, e ele prosseguiu: “…Mas vejo que vocês não se lembraram da primeira coisa que falei para vocês quando pisaram em meus salões. Eu disse, que se fossem para o Sul, voltariam com ajuda. E se fossem para o Leste, voltariam com Conhecimento… Armaduras não são conhecimentos, nada disso é Conhecimento…“. O ser esperou que o medo se apoderasse de suas faces, e continuou: “…Então eu tenho uma Proposta. Como eu sou Generoso, e gosto ver as Peças se moverem. E afinal, tudo isso que compraram, ficará para vocês! Lá, ONDE vocês compraram. Se quiserem leva-los com vocês, de volta a batalha em Ul-ator, vocês podem levar apenas uma parte do conhecimento. Mas se preferirem o conhecimento todo, não voltaram com nada que compraram.“.
O grupo ficou frustrado, e tentou votar na escolha melhor, mas estavam divididos. Percebendo isso, e talvez até esperando por isso, o Faraó Negro, virou-se para Raio e deu a ela uma outra opção. Ela poderia escolher que o grupo todo voltasse com todos os itens, mas concentrar o conhecimento todo em apenas uma pessoa. A ranger ficou interessada e ponderou em sua mente quem seria a pessoa mais adequada, e escolheu aquela que tinha mais sabedoria entre eles, ficando entre o Monge e a Druida. E assim ela decretou a entidade que havia escolhido Yoni.
Mas o Faraó não havia terminado sua proposta, e talvez como mais uma forma de tortura, disse a ela que escolhendo isso ela também seria punida ao retornar, mas isto se ela aceitasse. Os aventureiros, perguntaram sobre o que eles lembrariam. O faraó lhes falou que todos lembrariam vagamente da missão que acabaram de fazer, mas todo conhecimento importante, ficaria nublado em suas mentes, deixando para o escolhido apenas, o direito de lembrar-se dos acontecimentos na caverna, e das respostas conseguidas com Madame Adriana, além é claro de tudo que os outros haviam contado a eles.
Os aventureiros ainda discutiam, quando Raio seguiu firme em sua decisão, aceitando a punição.
O Faraó Negro estalou seus dedos, e os aventureiros sumiram dos salões.
Minas de Ul-Ator:
Os aventureiros retornaram para as minas, deixando para trás parte de suas memorias, lembrando apenas que haviam sido transportados pelo Faraó Negro para aproximadamente 200 dias a frente, para alguma cidade no deserto de Ijita, lembravam que receberam alguma missão dada pela enferma Madame Adriana para cumprir na caverna ao sul do local onde surgiram, mas não se lembravam o que. Os aventureiros lembravam que haviam trazido Barbara de volta para a Mãe, Madame Adriana, mas não lembravam-se do porque. O grupo lembrava também que haviam comprado os itens, e onde haviam feito. E lembravam inclusive, que foi graças a Raio, que eles voltaram com seus itens, que Yoni se lembrava de tudo, e que em troca disso Raio sofreria também uma consequência, ainda não revelada.
O Grupo surgiu na mesma posição que haviam deixado para trás, mas traziam com eles, todos os equipamentos novos que haviam conseguido, e que de alguma forma, se materializaram em seus corpos. Yoni lembrava de tudo e gritava para todos que não poderiam deixar os reféns morrerem, e que precisavam tentar silenciar o Líder. Raio aguardava sua temerosa sua punição, e o ritual continuava a ecoar pela câmara e tuneis das minas.
Sombra, tentou atacar o cultista que estava se contorcendo e se formando em uma Criatura de Insanidade, mas nem o bastão nem suas garras surtiram efeitos sobre a criatura. Percebendo que a massa de carne ainda não estava formada, e com a confirmação de Raio, de que nada podia ser feito até que criatura se formasse, e sem poder se aproximar dos cultistas no centro, o monge se distanciou da massa de Carne, indo na direção da rampa.
A massa de carne se contorce no ar e desce no altar gerando 3 tentáculos, com bocas cheias de dentes como lampreias, atacando com cada um deles os postes onde estão os reféns. Ao acertar os postes, a carne se estica na direção de Vera, Nora e o Padre Alastor. Vera que ainda estava acordada, gritou de dor quando a carne tocou sua pele, mas Nora e o Padre que estavam inconscientes apenas se contorcem, enquanto a massa de carne afina e forma um triangulo acima do altar.
Neste momento, Raio se lembra do acordo, e o Faraó Negro diz na mente da tabaxi: “É hora de cair.“. Os olhos da tabaxi ficam brancos, e ela fica ali parada, aparentemente catatônica. Apenas um dos inimigos, Vera e Nora, parecem ter resistido a magia do paladino que ainda não tinha tido a chance de cancela-la. E assim o Líder foi afligido pelo dano radiante, e teve sua capacidade física diminuída, o outro Cultista acabou ficando cada vez mais exausto, e o Padre Alastor deu seu ultimo suspiro e morreu. Drexter, cancelou sua magia, e seguiu correndo o mais rápido possível pela rampa na direção dos cultistas.
Al-Ghurab, via isso acontecer enquanto sua mente parecia se entregar a uma força estranha. Ao ver a massa de carne no ritual abaixo, a mente do mago, começou a recordar de coisas estranhas, da criatura do porão da casa e tentou resistir ao medo, mas acabou por entrar em panico e começou a gargalhar sem parar, impedindo-o concentrar sua voz para qualquer outra coisa. Sem conseguir conjurar magias ele pediu ajuda de Yoni, e correu, em contragosto, para a tabaxi. Chacoalhou-a com toda sua força, e acabou trazendo a mente de Raio de volta, também aos contínuos berros de “TABAXI FELADA PUTA HAHAHAH“.
Yoni, também estava mais lenta, e sua mente estava tentando resistir a situação, e para evitar olhar para a massa de carne, ela focou na poça de lama no chão, mas graças aos estranhos barulhos e estranhas memorias, a mente da druida encontrou refugio na ingestão de lama. Vendo a situação, mas com a mente um pouco mais estável, ela olhou na direção dos reféns, ponderou a distancia entre ela e o mago, e depois de decidir, a druida conjurou Healing Word, curando Nora, e trazendo-a de volta da beira da morte. E assim, confirmando que a antiga companheira havia acordado, ela correu na direção do mago, mas ao passar por uma poça de lama Yoni quase parou para comer, mas conseguiu resistir a necessidade e chegou no mago.
Durîn, que já estava próximo ao final da rampa, terminou de descer, saltou no final dela seguindo na direção do altar. O anão que já estava com o bastão de silencio em mãos, ativou-o, e puxando ao máximo seu folego, conseguiu se aproximar do seu objetivo, silenciando o Líder e um dos estranhos cultistas gigantes, mas acabou encostando em um dos lados da massa de carne. A massa de criou inúmeras bocas cheias de dentes, e tentou morder o guerreiro. Que mesmo resistindo, ele sabia que se ficasse ali, seria um alvo fácil da coisa, mas se saísse, arriscaria tirar a área de silencio do local. Instinto, quase fez com que ele se jogasse para trás mas o líder da Sociedade da Porta Branca, se manteve firme no local.
O silencio claramente afetou os cultistas. O líder parecia frustrado, e a estranha massa de carne e sangue soltou-se dos postes, voltou a formar uma unica esfera macabra. O plano parecia ter sido um sucesso, quando a coisa moveu-se rapidamente na direção do Guerreiro que ainda tocava em sua carne, e formou um envolucro com inúmeros dentes, pronta para devorá-lo.
END