Sessão 015 – WTF – Portal para o Abismo – Parte 1 (06/11/2019)

Os ritos dos cultistas ecoavam pela câmara, quando tudo se apagou na frente dos aventureiros…
Al-Ghurab, Durîn, Drexter e Yoni viram o mundo se apagar, e eles surgiram num enorme salão escuro. No fundo dele estava sentado num trono feito em ouro, um homem. Ou pelo menos parecia ser um homem, ele era negro como a noite, mesclando-se com a escuridão dos arredores. Os aventureiros olharam ao redor e para o que seria o teto e perceberam que, eles estavam ao ar livre, mas no céu não haviam estrelas conhecidas, na verdade não haviam muitas estrelas. Eles focaram no homem, que olhava para a esquerda, para um grande sol alaranjado, grande e tão perto quando se poderia imaginar, mas sua iluminação não atingia estes salões, que permanecia imerso na escuridão.
O homem falou sem virar seu rosto para os aventureiros: “Vejo que está fazendo o que eu pedi…“.
Os aventureiros não precisaram de identificações, para saber que aquele era o Faraó Negro.
Yoni conjura Druidcraft, tentando saber um pouco mais sobre o clima do lugar, enquanto o mago estava perdido, e pois sua bussola interna, não identificava o norte.
Durîn perguntou sem delongas onde eles estavam, e o homem voltou a falar: “Estão em minha antiga casa… Mas isso é irrelevante. O importante é por que estão aqui. A mente de vocês não parece preparada para o que estão enfrentando. E talvez seja de grande valia que vejam algo parecido em ação… Darei a vocês uma escolha. Vocês podem ir para um lugar ao Sul de Iantarkel, ou Leste de Iantarkel.“.
O Faraó Negro continuou dizendo que no Leste eles poderão ajudar uma família, e poderão retornar com conhecimento. Ao Sul, eles iria pegar um Transgressor, e talvez voltar com “Ajuda” que poderiam levar para onde quiserem. Confusos, os aventureiros questionam, se deixariam a batalha para trás, mas a entidade apenas informou que eles não sairiam imediatamente, mas ao mesmo tempo não sairiam de lá. Além disso para tranquilizar o grupo, ele diz que caso eles morram na empreitada, suas almas ficariam livres para viver em outro plano, e portanto não precisariam se preocupar.
O grupo ficou mais confuso, mas pediu um tempo para que ponderassem.
Al-Ghurab pergunta ao Faraó: “O senhor pode falar alguma coisa sobre o Rei Amarelo?“.
Faraó Negro: “É provável, que ele esteja no caminho…“.
Os aventureiros discutiram para onde ir, e no fim, depois de um belíssimo discurso do Líder, eles escolheram seguir para o leste, e ao decretarem a escolha, perceberam que estavam imersos num imenso calor, os sóis estavam em seu ápice no céu, mas o calor vinha de todos os lugares. Eles estavam numa cidade, em algum deserto. Eles foram transportados para uma cidade no meio de um deserto, e na frente deles, estava uma casa aparentemente abandonada. Enquanto eles analisavam a estranha casa com sua porta e janela fechada com madeira pelo lado de fora, o mago reconhecia o clima e as formas de construções do local. Eles estavam no Deserto de Ijita.
A rua dessa pequena cidade parecia vazia, mas claramente não estava abandonada. E mesmo confusos, eles deduzem que devem tentar entrar na casa fechada. Yoni informa ao anão que eles precisam da chave, e o guerreiro segura firmemente seu Martelo-Machado e arromba a porta com um pontapé. De dentro da casa um imenso cheiro de Sujo, inunda os narizes e incomoda inclusive Durîn que não se lembrava, nem ao menos quando tomou seu ultimo banho.
A sociedade ponderou o perigo de entrar, e percebeu que eles estavam com todas as suas capacidades magicas e físicas intactas. Estavam como se tivessem acabado de acordar. Durîn entrou na casa junto com Drexter, enquanto os outros tentavam acompanhar mantendo certa distancia. Passando desta sala abandonada, eles viam um corredor escuro indo até um quarto no fundo, e dele parecia emanar a luz fraca de uma vela. Cada passo para dentro, fazia com que o cheiro de sujeira humana, aumentasse.
Ao chegarem na entrada do quarto ao fundo, eles viram la dentro uma mulher deitada. Ela devia ter quase 60 anos, estava cheia de bolhas, feridas purulentas, e manchas negras por todo seu corpo. A senhora estava viva e respirava mal, mas não atendia a nenhum chamado do grupo. O paladino desconfiado de que ela tinha algo como uma Peste analisava ao redor, enquanto o Anão que havia se aproximado mais, já estava no canto tossindo e segurando seu vomito. O cheiro era terrível.
Talvez tenha sido o cheiro, pois na mente sem memorias de Durîn, surgiu a lembrança de uma cena. Ele viu uma mulher sendo carregada numa especie de maca pelas ruas de uma cidade que ele não se lembrava. As pessoas ao redor cobriam seus narizes com panos, luvas e até com manoplas, enquanto jogavam a mulher da maca numa vala, e a queimavam. O anão lembrou-se que, queimavam todos os mortos assim, pois a doença era mortal e era transmitida, aparentemente, pelo ar. Tossindo e olhando na direção da velha, o guerreiro calmamente se vira dizendo isso. Panico tomou conta deles e o Mago, a druida e o Guerreiro correram para fora da casa. Já o Paladino, protegido por Bahamut contra todas as doenças, apenas se aproximou e utilizou seu Lay on Hands, e percebendo que ela tinha mais de uma doença, tentou tirar a que a deixava respirando mal.
A mulher acordou tossindo, e questionando o Eladrin. Mas ela parecia misteriosamente calma. Mesmo com o seu estado lamentável. Drexter perguntou a ela o que ela tinha, mas a mulher disse apenas que estava melhor de alguma doença, mas que ela tinha inúmeras. Seus olhos estavam amarelados, e o cheiro de seu halito era podre e seu figado e Rins estavam claramente inchados. A velha desconversou sobre suas doenças e apenas indicou que quando sua filha retornasse, ela se melhoraria. O paladino questionou quando ela voltaria, mas a mulher não sabia que dia era, e como nem eles sabiam, o eladrin perguntou onde eles estavam. Ela lhe contou que estavam numa “nova” Cidade, recém construída ao Sul de Ôgla.
Durîn saiu pela rua a procura de outras casas fechadas como essa, mas esta parecia ser a unica, ao menos nesta rua. Yoni conjura Druidcraft, e descobriu que uma tempestade de areia aconteceria perto do final das próximas 24 horas. Yoni queria acampar, mas depois que o Paladino revelou ao grupo que ela tinha uma filha, os outros deduziram que eles poderiam ser a família que deveriam ajudar. A mulher revela que sua filha, de 21 anos, se chama Barbara, e saiu para terminar um serviço.
Sem pestanejar, Drexter perguntou a senhora se elas tem algo a ver como o Faraó Negro, e a velha apenas tossiu e cuspiu um grande pedaço de carne podre. Vendo que não teriam uma resposta, eles questionam para onde a filha dela foi, e ela disse que Barbara foi até o abismo ao sul, mas que ela deve voltar logo para pegar o outro “carregamento”. O grupo questiona se era um remédio, mas a velha apenas gargalha e diz que sim, mas não para ela. O paladino insiste em saber quantos na cidade sofrem do mal que a aflige, mas ela misteriosamente diz: “…Agora? Eu!“. Eles perguntam quantos usam ou usaram o “remédio”, mas a velha os conta apenas que muitos usam, e quase nunca uma segunda vez.
Finalmente, a mulher fala que o abismo fica a 12 ou 13 milhas dali, e que se haviam se passado 1 dia, desde que a filha saiu, que ela chegaria no dia seguinte, mas se já estavam no segundo dia ela deveria chegar já. O grupo pergunta seu nome, e ela confusa começa a procurar em seu corpo, dizendo que não se lembrava. Ela puxou sua roupa, revelando suas pernas, que além das feridas e bolhas, estavam cheias de tatuagens, runas arcanas, e na perna direita Rark, e na outra perna estava escrito Adriana acima de uma especie de contagem com riscos, 52 ao total, e ela então se apresenta como tal, e diz ter 52 anos.
Al-Ghurab ficou nervoso e começou a questionar aos gritos sobre o abismo, quando então, ao olhar para o oeste, os aventureiros viram alguém se aproximar num estranho animal, que a druida reconheceu animadamente. Era um Camelo. Montado nele estava alguém muito bem vestido e com uma cimitarra na cintura. Ele desceu de sua montaria questionando se “Madame Adriana” estava, e ao ser questionado com rispidez quem era, ele apenas tentou entrar, e somente após revelar que precisava dos serviços dela, e com a insistência para que escutassem da porta, Durîn deixou-o entrar.
O homem era um dos guardas do Sultão Demetri, e ele estava ali pois o filho do sultão estava muito doente, e eles precisavam da ajuda da estranha velha. Mas “Madame Adriana”, o informou, que somente poderia ajudar quando sua filha retornasse, pois ela foi despejar e ainda não havia voltado. Drexter tentou oferecer ajuda, se apresentando como Paladino de Bahamut, mas o guarda apenas o ignorou. O grupo continua tentando oferecer ajuda a ele, mas o guarda continuava nervosamente insistindo para que Madame Adriana o ajudasse, pois o menino morreria em breve.
Do lado de fora, Al-Ghurab olhava interessado para o que o homem havia deixado no camelo, duas bolsas. Uma ele sabia que era de carregar água, e a outra devia ser dinheiro. E assim ele pediu em voz alta que Drexter pedisse o máximo de informações possíveis para o guarda, e ignorando o código para enrolar do elfo, o Paladino voltou a questionar sobre a doença para eles, e depois que Madame Adriana falou que ele havia conseguido tirar uma das enfermidades dele, o Guarda disse que se tratava de uma maldição, mas não quis ou não sabia dar detalhes sobre ela, mas que a dona da casa cuidava disso a anos.
Durîn questionou se Barbara demoraria a retornar, mas Adriana não sabia a quanto tempo ela havia saído. Lembrando-se de seus predicamentos, Yoni perguntou ao guarda que dia e que ano era “Hoje”, e mesmo estranhando muito a pergunta e respondendo com uma voz claramente incomodada, ele revela que eles estavam agora a aproximadamente 200 dias no futuro, era:
Segundo-labor, Dia 2 do 1º Mês do Apodrecer, Ano de 2790 (RI).
Drexter pergunta mais uma vez o que ela fazia para curar as pessoas da maldição, mas a velha os informou que não pode revelar, ou o encanto acabará. De longe, enquanto catava de mãos cheias varias e varias gemas e pedras preciosas, Al-Ghurab, perguntou gritando para dentro da casa sobre a localização desse abismo, mas Madame Adriana, não sabia dizer, apenas que ficava ao sul dali a 12 ou 13 milhas de distancia.
O Guarda questiona quando Barbara voltaria, ao que a velha senhora diz que se a data estivesse correta, que ela já deveria ter voltado. Desesperado ele pergunta se o grupo pode ajudar, mas eles já estavam convencidos que provavelmente não poderiam fazer nada. O anão, inesperadamente deduz que a Barbara traz algo para que a velha Adriana, tome e fique boa para então curar os outros, e que ela precisa disso de vez em quando e assim, ele decreta que precisam procurar por ela.
O guarda então informa que o sultão poderia pagar 15 mil tokens, para eles. Durîn argumenta que a situação era diferente, e que vão precisar procurar a garota e que principalmente, não dava pra dividir 15 mil por 4, teria que ser 20. Ao escutar isso, Madame Adriana gargalhou e ofereceu 5 mil da parte dela, para completar, e todos concordaram. E o guarda então se despede de Adriana e sai, e antes de montar seu camelo, Durîn pergunta seu nome, mas ao responder que era “Irrelevante”, acabou sendo chamado assim pelo anão. Frustrado o Guarda revela se chamar João, mas era tarde e assim, o anão se despediu do “Irrelevante João”, que montou e partiu sem perceber que seu saco de joias havia sido quase totalmente esvaziado ele monta.
Os aventureiros discutem sobre como encontrar o tal “Abismo”, e Madame Adriana os informa que elas moram na verdade na casa do outro lado da rua, e que ela não podia sair desta estranha casa abandonada. E ao apontar para as paredes, eles percebem então as inúmeras runas espalhadas pelas paredes, como se protegessem ou mantivessem o que a fazia mal preso ali. Madame Adriana, permite que eles investiguem a casa, e os indica inclusive que pegassem camelos no estabulo ali perto, bastando apenas mencionar seu nome. E quando Estavam se despedindo dela, Madame Adriana virou-se para o Mago e disse que ele parecia familiar… Isso chamou imediatamente a atenção do elfo, mas ela apenas disse que falaria com ele quando voltassem com sua filha.
Os aventureiros se despedem dela, e seguem para a casa. A casa era modesta, mas confortável e muito limpa e bem cuidada. O oposto de onde Madame Adriana estava “presa”. Ao entrarem na casa, eles começam uma investigação minuciosa. Sem encontrar nada revelador, a druida procura mantimentos pela cozinha, e colhe ração para a viagem e enche seu cantil de água. Nos outros quartos, eles encontram inúmeros livros antigos, fechados com cadeado, e um bau onde encontraram Ossos, e 5 pergaminhos. O mago coleta os 5 pergaminhos, e ao perceber que um dos livros de Adriana parecia um Grimório, ele sorrateiramente o coletou. No quarto de Barbara, eles encontram um diário, e ao investigarem ele, percebem o nome de 3 pessoas: Samanta com uma pequena estrela desenhada ao lado do nome, Alessandro com uma Caveira, e Carmem sem qualquer desenho. Em outra pagina eles encontram 10 outros nomes com os mesmos símbolos aparentemente distribuídos aleatoriamente.
O Mago tenta então analisar o diário, e consegue identificar que os nomes com caveira, haviam sido afetados por algo mais grave. E as que tinham estrela pareciam ter relevância para a mãe dela. Já as sem marcações pareciam ser problemas quase irrelevantes. Al-Ghurab identifica também que sempre que uma certa quantidade de pessoas haviam sido “atendidas” que Barbara riscava em baixo e escrevia algo em um código estranho, e somente voltava a escrever os nomes em outras datas posteriores. E segundo o diário ela havia feito isso no dia anterior antes de sair. O mago tenta fazer alguma ligação entre o tempo, em que parecia fechar os “atendimentos” e escrever o código, mas a distancia entre eles parecem ser bem diferentes.
Já com algumas revelações, mas ainda perdidos, sobre a direção que deveriam tomar, os aventureiros começam a perguntar pela cidade sobre o “Abismo”, mas ninguém parecia saber de nada. Drexter porém, procurou por uma indicação de agencia da P.M.I., e ao encontrar numa outra casa abandonada, ele investigou até descobrir que se tratava da casa do antigo esposo de Madame Adriana, que sumiu a alguns anos. A informação parecia relevante, e ele tentou conversar com a Madame, mas no fim nada foi revelado.
Yoni consegue ver a região num mapa de um vendedor ambulante, e percebe que não tem nada parecido com um Abismo ao sul desta cidade, mas ela retorna ao grupo, com informações que conseguiu com o vendedor, sobre uma cidade abandonada ao sudoeste, e julgando que este era o possível destino de Barbara. Além disso, descobriu que a tal maldição afeta os Primogênitos, e as vezes as mulheres mais velhas das famílias, e que é Madame Adriana quem os limpa desta maldição. Satisfeitos com as informações, eles foram até o estabulo e informou sobre o pedido de Madame Adriana, conseguindo 4 camelos para a viagem.
O mago que se separou do grupo, havia encontrado um vendedor de componentes materiais e itens mágicos, e aproveitando a oportunidade pediu material para estudo e anotação de magias em seu grimório, além de uma Perola para conjuração de Identify, pagando com rubis e outras gemas que separou sorrateiramente, das que havia “coletado” nos pertences do Guarda do Sultão.
Os aventureiros se reuniram na casa limpa de Madame Adriana e Barbara, e de lá partiram pelo deserto seguindo para o sul, a procura do “abismo”. E tendo apenas a pista de uma cidade abandonada ao sudoeste de Ôgla, eles seguem pelo deserto enquanto o mago cantarolava feliz por estar longe dos Tabaxi.
Já fazia pouco mais de 2 horas desde que havia deixado a casa de Madame Adriana para trás, quando eles avistaram um Cemitério fechado por muros feitos em pedras escuras, como nas construções ocidentais, protegendo o local da areia do deserto. O cemitério parecia ter espaço para 30 ou 40 valas, apresentando varias lapides, e a entrada de um Mausoléu no extremo leste do lote. Desconfiados, eles desceram dos camelos, e foram investigar. As lapides, os aventureiros perceberam que eram irregulares, e que a ultima cova tinha q ou duas semanas. Yoni encontrou no que parecia ser a escadaria de pedra que formava a entrada para o cemitério, e nela havia terra e pegadas de camelo, que devem ter 1 ou dois dias.
Drexter entra no cemitério, e imediatamente usa seu Sentido Divino, percebendo então que havia algo maligno, em cada uma das covas. Não eram mortos-vivos, eram objetos ou locais profanos. Ele avisou a todos, mas eles não checaram nada, pois vindo de algum lugar bem no fundo, e emanando para fora, do mausoléu, emanava uma grande aura maligna, havia algo ali. Eles amarraram os camelos, e se aproximaram da porta do mausoléu. Ao se aproximar da porta, o paladino percebeu que a porta estava calçada por uma pedra, “…para que quem estivesse la dentro conseguisse sair…“, pensou ele. Ele escancarou e apoiou a porta, lá dentro, havia apenas uma estranha passagem, se abrindo para uma escadaria irregular de formações naturais. A passagem era muito estreita e torta, e era preciso muita calma para passar por ela e seguir descendo pela escadaria, e assim todos fizeram, sacando as armas ao começarem a descer.
As escadarias desciam em um continuo espiral escuro, e das profundezas do local, subia um cheiro estranho e azedo, e o eco de uma goteira d’água, mas que não remetia no grupo qualquer lembrança. Eles desceram 30 minutos, escutando e sentindo o cheiro, sem nenhuma mudança, até que após alguns poucos passos, o barulho da goteira foi substituído por uma cachoeira. Apesar de estranhar, eles continuaram a descer a escadaria em espiral, e alguns minutos depois, as paredes acabaram, e a escadaria começou a descer como numa antiga construção, vinda do teto de uma enorme caverna, até a praia de um lago formado pela estranha cachoeira. No chão eles viram estalagmites espalhadas por toda a caverna, mostrando que tudo ali era natural. Ou quase tudo, no centro da caverna próximo às águas do lago, estavam 3 postes de pedra negra lisos fincados em uma posição triangular. Ao redor deles estava uma formação de mesma pedra formando um circulo perfeito, e ao lado deste circulo, estava uma fogueira apagada, e deitada ao lado da fogueira, estava uma mulher, aparentemente desacordada.
Eles continuaram a descer, até chegar próximo do chão, e ali o paladino usou seu Sentido Divino. Drexter percebeu que o solo dentro do circulo é profano, e que no lago, havia um Fiend, incrivelmente grande. O Eladrin, pede calma e silencio antes de falar para os outros, mas Durîn grita: “O QUE?! TEMOS QUE SALVAR A MULHER! ELA NÃO SABE DA CRIATURA!“. As palavras do guerreiro ecoaram pela caverna, e de algum lugar começaram a ecoar tambores, e palavras estranhas. Os aventureiros desceram mais e perceberam dois tuneis, saindo desta caverna, na parede Norte, e outra na parede Sul, ligeiramente escondida por estalagmites.
O paladino e Durîn correram até a mulher evitando o circulo a todo custo, enquanto o mago se aproximava do circulo para analisá-lo. O anão tocou o ombro da mulher, que acordou dizendo: “Devolva… Devolva…“. Sem entender o anão pegou ela no colo e se preparou para voltar. Drexter começou a analisar a saúde dela, enquanto o mago perguntou a ela o que ela precisava levar para a mãe dela, e ainda despertando, ela disse: “O Jarro, precisamos levar o Jarro Vazio.“. Confusos, eles perguntaram quem pegou o tal jarro, mas a mulher não sabia dizer.
Drexter se aproximou do túnel Norte, e percebeu que criaturas pareciam se aproximar. Durîn, correu com a mulher até Yoni na escadaria, e ela Conjurou Lesser Restoration sobre ela. A druida falou para a mulher que foram enviados por Madame Adriana, e ela então confirmando ser a filha dela, Barbara, contou aos aventureiros, que ela veio até aqui para realizar o ritual no lago, e quando ela estava no meio dele, ela foi atacada, e lhe tomaram o Jarro. Drexter perguntou quem eram eles, mas ela não sabia dizer, desconfiando apenas que eles a seguiram da cidade. Barbara então apontou para o lago, e disse que o Jarro estaria ali, pois normalmente ela vem até esta gruta, e faz o ritual para entregar o conteúdo do Jarro ao Abismo, lá dentro, mas ela foi atacada e ele caiu de sua mão.
Barbara contou também, que ela foi drogada, para que eles montassem esse circulo e os postes negros. Mas o Paladino tinha uma outra desconfiança, e perguntou ela se havia uma criatura dentro do Jarro, mas a mulher não sabia de nada, dizendo apenas que o conteúdo do Jarro, é o que ela retirava das pessoas na cidade. O grupo insiste em saber mais, e com um suspiro, Barbara revelou que Madame Adriana, tira as doenças e maldições das pessoas transferindo para o corpo dela, e depois ela passa para o Jarro. E assim quando o jarro esta cheio, ela o traz até esta caverna e devolve ao abismo tudo que veio dele, pois o que assola na cidade, afetando apenas as famílias antigas, seus Primogênitos e as mulheres mais velhas, sempre retorna, e o trabalho da família sempre foi limpar e devolver ao Abismo.
Drexter tenta o sinal da P.M.I., mas Barbara não responde, e continua a informa-los, contando que graças aos rituais realizados em sua mãe, quando ela era mais jovem, elas são proibidas de falar sobre o que está acontecendo com as famílias, até que o conteúdo do jarro seja despejado no Abismo. Al-Ghurab, perguntou como eles devem recuperar o jarro, e para explicar Barbara conta que, ela havia mergulhado, como de costume, até o fundo do lago, com o Jarro, e lá ela deveria ter realizado o ritual despejando seu conteúdo numa bacia de pedra que está presa lá no fundo, mas foi atacada no meio dele, e portanto ele deve estar lá caído.
O Paladino constatando que o Jarro estava no lago com o Fiend, fez sinal para o mago, que prontamente disse, então, “Pode ir la buscar, nós te esperamos…“. A mulher se despiu e seguiu na direção do lago, e estava prestes a mergulhar, quando o grupo percebeu que os tambores haviam parado, e agora alguém falava algo em Deep Speech, e devido a distancia, eles apenas conseguiam deduzir seu conteúdo. Era um ritual, e ele falava sobre a abertura das portas a Cidade do Rei, e entregar a Virgem ao Mar do Abismo. Escutando a ultima parte, Yoni começou a gritar para que Barbara retornasse, e para que Durîn a pegasse do Lago imediatamente.
Drexter correu até a mulher gritando para ela não entrar, e estica a mão para puxa-la para fora do lago. Durîn, grita também, e corre na direção do paladino chegando próximo a eles e se preparando para a batalha. Do túnel sul, surgiu um homem com um capuz negro, e atrás dele parece vir outra homem também encapuzado. Yoni conjura Flaming Sphere do lado do humanoide, e se deslocou na direção da mulher, enquanto o mago corre o máximo que pôde e conjurou Gust, empurrando o Paladino para junto da mulher.
O paladino puxa a mulher do lago, e percebendo que algo escuro se aproximava da superfície, ele correu com ela para longe do lago na direção do grupo, e a depositou ao chão perto do mago. Durîn, correu na direção dos inimigos escondidos atrás das estalagmites, e ataca um dos homens encapuzados, cortando-o, e causando alguma forma de interrupção em alguma conjuração que o humanoide fazia. O homem, não parece disposto a sair do local, e continuou sua entoação em Deep Speech, falando: “Aceite o Sacrifício desse sangue! Novo e Velho… Destas Maldições! Novas e Velhas… destes Seres Invasores! E Leve ao descritível, ao inefável, e abra o Caminho para Carcosa“. Al-Ghurab, exclama em Deep Speech: “Você fala do Rei Amarelo!… EU VI o Rei Amarelo! Vocês não são dignos!“. E uma voz vinda do túnel norte grita de volta: “Abençoado seja a tua Mente! Liberte-se! Entregue-se ao abismo!“.
A esfera de fogo queima os dois cultistas, e eles urram de dor, e sem ver a necessidade de mover a esfera, Yoni se aproxima na direção deles tirando a barreira de estalagmites entre eles, e conjura Eldritch Blast, atirando um raio verde no homem que pegava fogo, tirando sua concentração, e causando uma explosão de uma aura esverdeada, que desintegra no lugar e atinge o Guerreiro com dano de força. Vendo que o outro humanoide ainda dentro do túnel estava lá, a druida deslocou a esfera na direção dele bloqueando-o de sair.
Drexter: “Barbara! Sem o Jarro, nós conseguiremos resolver alguma coisa na cidade?“.
Barbara: “Não… Sem o Jarro ela não vai conseguir se livrar do que a aflige, e sem isso ela não vai conseguir manter a cidade limpa.“.
Sem se aproximar muito do circulo, Al-Ghurab rapidamente analisou o circulo de pedra e os pilares negros. Descobrindo que suas posições são praticamente as mesmas do Ritual que deixaram para trás. As Runas arcanas e os símbolos espalhados pelo circulo central e nos postes, também são parecidas. Além disso, a intenção do ritual e as entoações são muito parecidas. E percebendo que os postes negros estão vibrando, e desconfiando que se ele os quebrasse, ou derrubasse o ritual poderia ser interrompido. Decidido a testar alguma coisa, ele conjurou Mold Earth, e moveu a areia abaixo do Pilar Sul, que por estar enterrado ainda mais profundamente, ele tombou um pouco, e com a mudança na vibração, o elfo conseguiu perceber uma linha de luz ligando os postes com runas arcanas que antes não podiam ser vistas.
O Mago estava animado, havia um plano. Mas neste momento, um homem saiu de dentro do túnel norte dizendo: “Seria melhor, que vocês não tivessem vindo… Mas já que estão aqui, Deem boas vindas ao Guardião do Abismo!“. E com um estranho movimento com as mãos, um estrondo eclodiu da água, e 3 tentáculos de 50ft (10sq ou 15m), saem da água um para o lado sul da caverna, passando perto do circulo do ritual, e os outros dois para o lado norte.
Os tentáculos se prenderam ao chão e começaram a puxar a grande massa negra que estava la no fundo do lago.
END