Sessão 093 – A Prisão para a alma de Ashely Gorith (02/03/2021)

Algumas horas após o anoitecer o grupo está em uma caverna com duas entradas, um pouco após subir a trilha. O ambiente parece ser um ponto de parada costumeiro, pois tem lugares para tochas, mas o grupo fez um Leomund’s Tiny Hut para proteger-se melhor.
Drexter pega o primeiro turno e enquanto as tochas queimam na sala anterior ele nota a tempestade lá fora a todo vapor, mas além disso algo parece estar passando como se estivessem indo de um lado para o outro ou como se estivesse procurando a entrada. Ele usa seu divine sense e lá fora não nota nada diferente, mas no fundo da antecâmara ele nota que há um pedaço consagrado. No mais, nada acontece e quando ele acorda Ba-Ruhgla para trocar de turno e o mago enxerga as formas também, pelo menos umas duas vezes.
O grupo acorda ao amanhecer e Al-Ghurab utiliza ritual para criar outro domo. Todos se alimentam em segurança e após tudo isso o mago vai analisar a área consagrada que Drexter citou. Ele não nota nada de diferente. Já o anão ao investigar nota uma área mais fofa no chão, feita para parecer como o resto do piso. Todos cavam o piso e após cerca de 2 minutinhos acham uma caveira de prata do tamanho de um punho, presa a um pequeno baú por um cordão de couro que claramente não possui nó. Ba-Ruhgla com seu Detect Magic ainda ativo nota que do conjunto emana algumas escolas mas ele não consegue especificar quais, pois há alguma ilusão escondendo-as.
Durîn pergunta a Ba-Ruhgla se ele consegue identificar o item. Ele diz que vai demorar um pouco, mas consegue. O grupo então decide esperar pela identificação. A caveira e o cordão de couro parecem ser um item só e estão lacrando o que há dentro do baú. A caveira é muito rara. Dentro do baú há algo mágico com certeza mas ele não sabe o que é. Ele diz que vai passar mais cerca de 1 hora e 30 minutos pra identificar melhor. Durante esse tempo Sombra fica de olho na entrada. A nevasca começa novamente a cair muito pesada, o que faz com que a decisão de ter ficado na caverna tenha sido realmente acertada.
Após a identificação ele nota que não é especificamente um item mágico. Uma magia foi conjurada para manter a caveira presa ao baú como uma espécie de guardião e há duas palavras capazes de abrir a caveira: wasi e fath. O problema é que uma delas ativa o guardião e outra só vai abrir. Se ele passar mais uma hora ele consegue saber a certa e sem perspectiva de sair agora por causa do clima o grupo decide ficar. O mago então descobre que Wasi é o guardião e Fath abre. Durîn então grita: Fath! Fath! Mas nada acontece. O mago então fala: Fath!
A caveira abre a boca, o cordão se desenrola do baú, vai pra dentro dela e ela cai no chão. Imediatamente um cheiro de podre que vem do baú. O mago dá o baú para Durîn e ele parece bem leve, como se até a madeira fosse papel. O anão avisa ao grupo para se prepararem que ele vai abrir e, curioso que é, abre.
Uma fumaça praticamente negra e muito fedorenta sai do baú e se acumula ao lado dele. Dentro do baú só fica um pedaço de papel enrolado em algo, um dedo indicador carcomido e em decomposição. O anão chuta a caveira para o mago que a pega antes que ela saia da área consagrada. Então Durîn abre o papel e tenta ler o que há nele. O pedaço de pergaminho envolve um tufo de cabelos preto com um certo perfume e há um nome escrito numa língua que ele não consegue ler mas que lembra uma mistura de élfico e anão. Parece ser da região do império de Belderbane. A primeira palavra parece um nome próprio e a segunda… coração?
Ele pede pra Drexter dar uma olhada e entra o baú para ele. O mago vendo o que parece ser um ritual poderoso retorna como Al-Ghurab. Enfim, o paladino lê o seguinte: Ashely Gorith – Coração.
Sombra tem a impressão de que talvez a mestra dele tenha falado para ele sobre esse nome e finalmente se lembra que Ashely Gorith era uma nobre que dominava a região entre a vila de pesca e os portões gelados e que desapareceu há cerca de 15 anos atrás. Ela conseguia se virar muito bem na neve e geralmente andava sozinha. Desapareceu enquanto buscava um menino que havia desaparecido. A equipe de buscas voltou com a criança e ela nunca mais apareceu. Ela uma vez conversou com Sombra sobre sobrevivência e se transformou na frente dele em um lobo grande gigante que na neve seria praticamente impossível de ser visto.
Durîn pergunta se Sara sabe o que é essa fumaça preta. Ela diz que não consegue por causa da área e o anão diz para ela se aproximar. Al-Ghurab anuncia que voltou e Durîn questiona o fato de terem dito que ele havia morrido.
O mago sugere pronunciar o nome do guardião, o grupo aceita e ele pronuncia: Wasi! A caveira se liquefaz na mão dele, cai no chão e é absorvida pela terra. Após algum tempo essa fumaça negra toma a forma de um corvo de tamanho médio, com cerca de 1,5m e um colar de caveira no pescoço e olhos avermelhados. O anão cutuca o mago e diz: Fala corvês!
O mago fala em Iji: Guardião, você agora está sob meu comando. Entendido? Eu sou Al-Ghurab, o corvo também! O corvo responde em iji: Eu não entendo oq vc está falando. Fale na minha língua.
O corvo diz que parece estar enferrujado mas as palavras não fazem sentido para ele… Vocês abriram a caixa, não deveriam ter aberto a caixa. Ela vai sair agora, vai procurar vingança.. Mas ele não está aqui.
O mago retruca dizendo que foi o anão quem abriu. E complementa: ela quem? Ashley? Ela não era boazinha? Não fazia coisas boas para os outros?
O corvo diz que a bondade não dura tanto quando se é estripada viva.
O mago pergunta o nome mas o corvo diz que não tem, senão Wasi (o mago entende a linguagem dele como uma forma antiga de Iji).
O covo complementa: Ela morreu há muito tempo e o meu mestre quem a prendeu aqui para impedir que ela continuasse a tentar alcançar sua vingança pois aparentemente era inalcançável.
Ba-Ruhgla: “O seu mestre quem matou ela?”
Corvo: “Não, ele só encontrou ela um dia mas eu sou um guardião limitado. Estou aqui apenas para impedir que abram o baú.”
Ba-Ruhgla: “Aparentemente está falhando. “
Corvo: “Depois que ela morreu passou a vagar por essa região à procura do assassino e tornou-se corrupta, transformada numa forma caçadora de toda forma de vida nas montanhas.
Ba-Ruhgla: “Dá pra fazer isso de volta não?”
Corvo: “Dá, mas ela tem que ser capturada.”
Ba-Ruhgla: “Como a gente faz pra ajudar ela?”
Corvo: “Se o baú foi aberto, ela está fora. Se ela estiver dentro da sala é mais fácil.. Se escapou, é um pouco mais difícil.”
Ba-Ruhgla: “Durîn diz que não tá vendo nada.”
Corvo: “O corvo diz que a área consagrada está impedindo ele de ver as coisas. Pra onde a caveira for, ele vai. Então se tirar ele pode ajudar.”
Ba-Ruhgla: “Quem foi o cara que matou ela? E porque o objetivo dela é tão difícil?”
Corvo: “Não sei. Só sei que ele botou ela dentro desse baú com um dedo, cabelo e o nome dela. O cabelo e o dedo não são dela, sendo apenas uma emulação. O grupo só queria me esconder.”
Se jogar fora o dedo, cabelo e nome não vai ser possível colocar ela de volta na caixa.
Drexter usa o Divine Sense mas não sentiu nada.
O corvo diz que alguns dos nomes dele são Alarat, Carrak, Ravor, Lavashus e Lanir.
Pra prender a alma novamente, bastava dizer o nome dela com as coisas no baú enquanto destrói o corpo temporário dela.
O grupo começa a subir em direção ao acampamento, anoitece e começa a ficar mais frio ainda. Por vezes Yoni parece ver um vulto passando por dentro da pedra, como se tivesse seguindo eles. O grupo chega à caverna que se abre num funil e entra nela. Em dois lugares eles percebem onde foram acesas fogueiras e feitos acampamentos. Enquanto preparam as coisas, notam que em uma área possivelmente um tiny Hut foi conjurado pois a área está bem limpa. Eles decidem descansar.
O fantasma ficou circundando o grupo dentro da parede enquanto, Al-Ghurab conjura a tenda. Ele continua fazendo magia e Drexter sente algo tentando possuir ele. O paladino invoca a força de Bahamut e resiste, então o vulgo de uma mulher aparece atrás dele e ao lado de Sombra. O vulgo grita estridentemente ecoando por todo lugar. O chão treme e pedaços do teto caem. O anão sente-se amedrontado pela criatura o que faz com que ele hesite, sendo pego de surpresa -juntamente com o mago que estava conjurando magia – pelas pedras que voam para tudo quanto é lado.
END
Por Hugo (Durîn).