Sessão 049 – Evidências e Suspeitos (09/06/2020)

Dia 16 do terceiro mês do Apodrecer. O grupo discute algumas alternativas sobre como investigar os assassinatos que estão ocorrendo mas sem chegar a nenhum consenso. Al-Ghurab pergunta a Durîn o que devem fazer e ele diz que um bom ponto de partida seria tentar identificar alguém com experiência em medicina, já que essa foi uma característica que Raio notou nos ferimentos dos corpos.
O mago ao analisar os papéis dos cartões, nota que eles são bem específicos e conjura Locate Objects e percebe o aviso magico vindo de dois lugares: Um a leste e outro a sudoeste de onde estão. O mago manda o pelicano para sudoeste, para vigiar a localidade, e olhando pelos olhos de seu familiar ele nota que uma das localidades é o prédio da milícia. Após isso ele manda o pelicano para a direção da outra localidade, e o bichano nota que a localidade é de uma casa aparentemente normal. Ele reporta isso para o grupo, que parte em direção à casa suspeita. Durîn pede a Raio que use sua comunhão com a natureza mas ela não sente nenhuma monstruosidade. O anão tenta abrir a porta mas ao notar que ela está fechada utiliza sua sutileza dá uma bicuda na porta e estoura a porta sem nenhum esforço, usando o capuz para se tornar irreconhecível e já entrando no local, revelando uma casa de interior simples com uma mesa normal de madeira, um pequeno sofá perto de uma lareira a leste, próximo da parede do fundo. Drexter nota um moleque correndo em direção à poça, seguindo a rua, Yoni e Raio percebem que alguém numa casa próxima foi até a janela, viu Durîn arrombando a porta e entrou sem esboçar nenhuma reação. Yoni avisa que viu movimento suspeito numa casa próxima e pergunta se há algum grupo para acompanhá-la. De lá de dentro Durîn grita: “Drexter, vai com a baixinha!”. A druida pede ao paladino para ir pela porta que ela vai ficar de tocaia do lado de fora, no meio da rua, olhando para a janela. Drexter então dá a volta na casa em busca de uma porta em que possa ficar de olho.
Casa nos limites da cidade a Nordeste do Templo:
O anão, seguido pelo grupo, vai até os fundos da casa e a medida que se aproximam um cheiro estranho começa a subir às narinas… Al-Ghurab nota que o cheiro é de carne curtida… mas de um modo que o lembra o podre do poço. E avisa ao grupo. Tentando mentir dizendo que não engoliu… mas o grupo sabe que ele está mentindo descaradamente. Ao chegar aos fundos da casa, os aventureiros percebem que o cheiro fica mais forte e veem um varal improvisado, perto da parede nordeste, cheio de pedaços de carne de procedência desconhecida sendo curados por algum tempo… mas o que chama mais atenção é uma poltrona onde há um homem de aproximadamente 22 anos, barba bem feita e rosto limpo, com semblante tranquilo… embora esteja morto, com uma adaga enterrada sem seu coração, junto da adaga um pedaço de papel rasgado e o restante do papel em sua mão. O papel parece ser o mesmo das cartas anteriores.
Ruas de Bucanas e a Padaria:
Do lado de fora, Yoni nota que a pessoa de vez em quando abre a janela levemente para olhar a casa onde seus amigos entraram. Drexter ao dar a volta na casa percebe uma porta que está fechada e fica de olho por alguns minutos, até que percebe movimentos… Ela se abre e sai uma criança de chapéu de pano segurando uma caixinha que pode ser de leite ou pão. O paladino usa seu Sentido Divino mas não sente nada de diferente. Ele fala com a criança, perguntando se está tudo bem… o menino se assusta. Fecha a porta atrás de si e vai para rua. Drexter então pergunta quem mora na casa à frente (a que Durîn arrombou), dizendo que ouviu um barulho estranho. O fedelho diz que entrega pão pra cidade toda mas não para aquela casa, pois quem está lá vai buscar para ele para avó.. Ele acha que o nome dele era Augusto alguma coisa. Drexter joga um verde e o menino deixa escapar que quem mora na casa 6 é o padeiro e a esposa. Ele então compra pães do menino e paga com 1 peça de platina… A criança fica abismada com tanto dinheiro, pergunta o nome do paladino e depois sai correndo feliz da vida. Drexter avisa suas descobertas à Druida e ela deduz que quem estava na janela era uma mulher.
Drexter e Yoni vão então até a padaria e batem à porta, abre um homem muito forte, de avental , bigode e sotaque estranho. Eles perguntam se podem entrar para conversar com ele e a esposa, ele diz que a mulher está dormindo mas que podem entrar sem problemas. Dentro da casa há um quadro negro onde estão várias escritas de testes com diversos números, tentativas e só um escrito “gostoso”.
Suposta Casa de Augusto:
Durîn retira a carta do corpo, presa nas mãos do morto. Durîn pede para Raio verificar se a carne na mesa é de gente, para saber se ele pode comer. Al-Ghurab vai investigar a adaga e o papel. Raio encontra veneno em parte de uma das carnes e doença no morto. A carnes são pedaços humanos.
Al-Ghurab nota o símbolo no papel, e ao redor dele, numa ilusão, ele lê a frase: “Pela união, pela necessidade, pelos sacrifícios e pela vida.”. Essa era uma mensagem falsa, possivelmente a real somente com true seeing. Com detectar magia ele confirma que tem magia na carta e não encontra mais nada mágico neste local. Durîn e o Mago saem para investigar, rodam a casa, sobem as escadas e analisam os quartos. Um deles parecia intocado, organizado, no outro encontram a avó do Gustavo, também morta, coberta. Al-Ghurab procura por jóias da senhora e encontra, em seguida guarda no seu saco mágico e fala para o líder que não achou nada útil. Eles voltam até a cozinha e decidem por Raio investigar o corpo.
Padaria de Bucanas:
Yoni e Drexter se sentam com o padeiro Amadeus, que serve a eles um café e um pouco de comida fresca. Após alguma conversa para tirar informações, Amadeus vai chamar sua esposa Velaneide para tentar relatar algo que tenha visto. Velaneide desce e conversa, fala que viu duas pessoas estavam se movimentando perto do beco, um semana atrás, de madrugada. Disse que na última vez que viu eles passando, pareciam estar discutindo. Ela fala que pelo porte, um deles poderia até ser o Augusto que mora na casa 8. Amadeus fala que Augusto vendia mantimentos para produção de seus pães. O outro suspeito era completamente desconhecido por Velaneide, mas ela afirma que ele parecia ser alguém bem rico, um nobre. Conversam mais um pouco e se despedem do casal.
Suposta Casa de Augusto e Ruas de Bucanas:
Raio segue investigando o corpo e o resto do grupo decide sair para um local mais reservado, assim que a ranger acabar a investigação. O resultado é de que o corpo está morto a 5 ou 6 dias.
Saindo da casa, o grupo percebe movimento do lado norte da cidade. Uma pequena fofoca passando pela cidade sobre um pelicano que roubou a carta. O anão, aproxima-se do mago e pergunta se ele ainda pode usar magia para deixar as pessoas invisíveis, pensando em poder entrar lá e analisar na sala de “provas e evidências” para pegar os papéis para analisar a situação. O mago, buscando usar o nome de Raio para julgar o não sucesso da missão dada pelo líder, tenta dar uma outra direção para essa missão. Um outro animal é citado, porém Durîn afirma sentir-se mais confiante com a presença de um outro animal que não seja algo pequeno e frágil como um rato. A discussão está sendo direcionada para uma missão discreta e assim o mago, como sempre, dá uma solução em que precise agredir ou matar alguém para a conclusão bem sucedida da tarefa, o que é reprimido pelo grupo imediatamente. Raio, interrompe o grupo e fala sobre criar uma solução em ervas que adormeça os guardas enquanto todos façam que é necessário, o que rapidamente o paladino complementa sobre fazer isso, misturando a comida.
Milícia de Bucanas:
Aproximando-se da milícia, Al-Ghurab conjura a magia de Detect Objects e sente a presença do item ou parte dele no segundo andar do prédio da milícia. Observando a entrada do prédio, percebe uma senhora na recepção que o recebe prontamente. enquanto Durîn, ficou do lado de fora do prédio observando ao redor em prontidão para atacar, caso alguma coisa dê errado.
O mago, rapidamente conjura Charm Person na recepcionista. Rapidamente Al-Ghurab percebe sua magia fazer efeito, e se mostrando curioso, o mago perguntou sobre o prédio e a recepcionista prontamente descreveu os cômodos e suas respectivas descrições sobre cada um, até que ela fala sobre o lugar onde estão guardando as evidências sobre o caso que o grupo investiga. Al-Ghurab, sem hesitar, pede que a recepcionista o ajude a se aproximar desses documentos. A senhora então dá todas as informações necessárias, descrevendo com detalhes o que Al-Ghurab deverá fazer para entrar na sala com segurança. Passando para a sala dos investigadores, o mago encontra o guarda da milícia que dormindo sobre a mesa, assim como a recepcionista havia descrito, virou a direita e subi as escadas para chegar até a sala das evidências.
Confiante, o mago chegou ao corredor com 3 portas, mas graças a magia de localização ainda funcionando, ele identificou a porta que deveria abrir e entrou. A sala tinha em uma de suas paredes um enorme quadro negro, com evidencias, desenhos e textos, e no meio deles, estava uma das “cartas” que o assassino deixou para trás:
- “Adriana Teles, 33 anos, desaparecida” e do lado, um local aberto: “Estranho, Recado desaparecido”. Desaparecida a 22 dias.
- Em outro canto: “Diana Roul, 35 anos, desaparecida” e ao lado estava presa na parede a carta detectada pela magia, com as anotações: “um desenho de Lavenus?”, e em baixo: “possíveis suspeitos”. Junto aos dados de Diana, estava indicado que ela havia desaparecido a 16 dias.
- Em outras partes da parede o mago encontrou alguns itens e anotações que descartavam algumas pessoas da lista de suspeitos.
- Em seguida ele encontrou outro nome, porém sem nenhuma carta, ou indicação de terem encontrado alguma: “Marin Geff, 35 anos, desaparecida há 10 dias, sem carta”. E abaixo da anotação o investigador deixou claro, que apesar de seu desaparecimento, ninguém havia encontrado um recado e nem mesmo uma poça de sangue, como nos outros casos.
Al-Ghurab pegou então os recados que ainda não havia lido, e utilizou o ultimo pergaminho de True Seeing para ler os recados restantes. E ao conjurar a magia, quando estava prestes a ler os recados, ele percebeu uma mulher atrás dele, um vulto no plano etéreo.
Ele não conseguiu reconhecer. Mas seus cabelos eram escuros, e ela estava olhando para a parede, mas o rosto não parava de alternar entre uma visão de rosto normal, para os ossos de sua mandíbula, e olhos estranhos, com cavidades oculares vazias, como se ela estivesse mostrando como ela é por dentro morta e viva ao mesmo tempo. Era possível que fosse uma das duas mortas no poço, que ele viu anteriormente, mas o mago não tinha certeza.
Recado de Diana Roul: “É ótimo compartilhar a mesma vontade, melhor ainda agir com a mesma atitude. Ótimo cérebro. Melhor ainda era o fígado.”
No outro recado, o encontrado com o homem morto com a adaga, o suposto Augusto, ao invés da mensagem falsa, que lia anteriormente “Pela união, pela necessidade, pelos sacrifícios e pela vida.”, e seu símbolo de Lavenus não tinha o corte no centro da palma, a mensagem verdadeira era: “Achei que tinha encontrado um companheiro de luta. Achei que tinha encontrado alguém para ensinar e não um inútil como você”. O símbolo desse recado era o de Lavenus, e tinha o corte na mão.
Al-Ghurab deixou a carta de Diana Roul no lugar, e seguiu para a saída, onde perguntou a recepcionista sobre alguém com roupas de nobre que poderia estar andando com Augusto. Ela não sabe mas acha que Deividsom, do registro, pode saber. Al-Ghurab pede que ela pegue o livro de registros, mas ele acorda e o elfo mago sai da milícia.
Na rua próximo a Milícia de Bucanas:
O mago se afastou o suficiente, para ainda conseguir ver os dois saírem da milícia a sua procura, e depois que eles voltaram para dentro Al-Ghurab retornou, e acenou para a recepcionista sair, e pediu pra ela perguntar a Deividsom o nome do nobre, mas ela disse que ele só informaria com uma autorização do prefeito ou do chefe da milícia, Ronaldo Geraldo.
Na rua próximo a Taverna de Bucanas:
O mago retornou para junto dos aventureiros e enquanto contava para eles, uma discussão acontecia perto deles, e Durîn escutou uma conversa entre Ronaldo Geraldo e o senhor que estava comendo na taverna. Eles conversaram sobre Falam sobre Marin, que poderia estar com as meninas, caso tivessem fugido. Ela era uma das desaparecidas, indicadas na parede de evidências da milícia.
Durîn mostrou a Al-Ghurab o líder da milícia, e prontamente o mago pediu que o anão interrompesse Ronaldo caso ele fosse em direção à milícia, e conjurando Disguise Self para se transformar em Ronaldo Geraldo, que era um senhor com cabelinho ralo e lambido no topo da cabeça, nariz grande, e uma das sobrancelhas raspada ou queimada
Milícia de Bucanas:
O mago voltou então a milícia, onde mandou a recepcionista não tocar nunca mais no assunto sobre o “elfo mago”. Ela o acha estranhamente amigável, provavelmente devido aos efeitos do charm person, mas o “Ronaldo”, apenas se desfaz dela e segue até o guarda Deividsom. Ao chegar na mesa ele gritou com o guarda, reclamando que ele estava dormindo em serviço, e pede que ele fale sobre o nobre que esteve na cidade recentemente. O funcionário procura no registo dois nobres que ele lembrava, passando as seguintes informações:
Gilean Farkol – disse que veio do condado de Gardyner, a sudeste de onde estão. Ele entrou há 26 dias, no dia 20 do segundo mês do apodrecer, e saiu a 9 dias atrás no dia 7 do terceiro mês do apodrecer.
Vielik Saenvul – Apresentou o símbolo do império, e entrou há mais ou menos 22 dias, no dia 24 do segundo mês do apodrecer, e saiu também a 9.
O guarda não soube informar se eles estavam hospedados na estalagem, ou se estavam na casa do prefeito ou alugaram uma casa, pois infelizmente não havia registro. O guarda disse que eles normalmente seriam barrados, mas que era o próprio Ronaldo Geraldo quem havia liberado a entrada pois, um deles trazia troca de mercado entre o condado e a vila, e o outro havia apresentado o símbolo do império e foi liberado sem mais perguntas.
Satisfeito Al-Ghurab seguiu até a recepcionista, e antes de sair da milícia, ainda transformado no Ronaldo, ele deu uma piscadinha e um sorriso pra a mulher deixando-a mais confusa ainda, e finalmente saiu sem ser descoberto.
Taverna de Bucanas:
Depois de se reunirem, o grupo decidiu então seguir para a taverna, e ao entrarem no local, antes de sentarem, eles vêm o velho senhor que conversava com o verdadeiro Ronaldo Geraldo do lado de fora, e ele entra dizendo que a milícia havia descoberto quem era a quarta pessoa desaparecida. Era Lúcia. “A menina dos Garner”, diz o taverneiro. O velho reclama que não é menina, pois ela tinha 32 anos, e segue informando que ela havia sido vista pela ultima vez a dois dias, pois tinha que entregar o aluguel no dia anterior, e ela não apareceu. Além disso, a poça de sangue estava próxima a casa dela.
END
Por Caio Viana (Raio), Elias Roma Neto (Al-Ghurab), Hugo Silva (Durîn) e Pedro Moreira (Yoni).