Sessão 029 – Emboscadas no Bosque Obi (17/03/2020)

O Vulto Negro e Turvo havia acabado de cair de joelhos e desaparecer em uma fumaça. Yoni viu a imagem do corpo cair e disse espantada que o suposto noivo de Eliza Ewyr, estava morto…
Discussões, Luzes e Fuga:
Os aventureiros não sabiam o que interpretar o recado dado pelo suposto noivo de Eliza Ewyr. Estaria ele avisando que não viria? Ou estaria ele dizendo para não ficar ali? A discussão perduraria por muito tempo, e assim Sombra saiu para fazer a ronda no bosque para evitar serem pegos de surpresa. Mesmo depois de um bom tempo de discussão, ninguém sabia a resposta correta, e mesmo a grande intuição de Raio, tornava as duas possibilidades como plausíveis. A unica certeza da Sociedade da Porta Branca era de sua morte.
Frustrados com a situação, Yoni informou aos companheiros que a gruta onde o elfo amigo de sua mestra morava, ficava em uma região a noroeste dali, e que eles deviam ir até ele, afinal ele poderia ter mais informações sobre os acontecimentos da região. A druida não tinha a exata localização, pois havia sido vendada na época da visita, mas graças a seus treinamentos, ela sabia a direção, e facilmente conseguiu reduzir a área de busca para a região a 2 milhas a noroeste dali. O grupo estava decidido a seguir o caminho, quando o monge correu para dentro do acampamento.
Sombra havia percebido durante a ronda que 4 ou 5 luzes de tochas se aproximando de onde eles haviam acampado. Frente ao perigo, ele voltou o mais rápido e silencioso possível ao acampamento, e avisou os companheiros dos possíveis inimigos com tochas, vindos da direção que haviam decidido seguir, e assim eles imediatamente voltaram a discutir o que fazer. Mas não havia mais tempo, e assim o mago e o monge, combinaram um plano rápido. Al-Ghurab conjurou Fog Cloud, ocupando toda a extensão do acampamento, e uma parte do bosque, enquanto Sombra utilizou seu ki, para conjurar Pass Without Trace, nos aventureiros e suas montarias. Porém, antes da neblina ocupar o lugar, Drexter e Raio perceberam uma estranha iluminação esverdeada pairando acima das outras luzes, e para o paladino, esta iluminação lembrava bastante um dos efeitos da magia Dancing Light.
Era hora de escapar, Al-Ghurab pediu que seu corvo ficasse ali, para vigiar a situação. O grupo pegou apenas suas mochilas, deixando para trás as tendas, equipamentos e mantimentos que estavam arrumados no acampamento, subiu em suas montarias e galoparam para o sul. E foi graças a conjuração do monge, que os aventureiros conseguiram despistar os donos das tochas, pois não fosse a supressão da magia, os gritos de Durîn para acalmar Princesa, teriam colocado tudo a perder.
Durante a fuga, Al-ghurab que montava com Yoni, pediu que ela guiasse a montaria e mandou sua visão e audição para seu corvo. Ainda no alcance, o mago pediu que Loro voasse acima da neblina e observasse o local. De cima o elfo da areia viu as iluminações das tochas dentro da neblina, movimentando-se rapidamente, e pelo barulho estavam vasculhando seus pertences. Mas ao focar na iluminação esverdeada, ele a viu sair de perto, e descer até a beira da estrada. Era aparentemente um elfo, com um manto verde escuro, cheio de desenhos de folhagens, e a iluminação verde o cobria como um manto de luz difusa verde. Al-Ghurab viu o homem entrar no bosque desfazer a iluminação e sumir. E assim depois de alguns minutos de cavalgada, eles pararam e o mago contou o que havia visto.
Tambores, Danças e a trilha para as Grutas a Noroeste:
Desconfiados de que o elfo de manto verde era aquele a quem Yoni procurava, os aventureiros decidiram retornar, com um pouco de distancia da estrada imperial, e quando chegarem na direção de onde estavam acampados, eles seguiriam para a região onde a gruta dele estaria. No bosque não era possível seguir montados, e assim os aventureiros puxaram as rédeas e seguiram a pé pelo bosque, tomando cuidado para não se perderem, e também para evitar os possíveis inimigos.
O retorno guiado pela ranger e pela druida parecia tranquilo, e enquanto eles andavam pela mata, o mago tentava contato com seu corvo, Loro, para então voltar a checar o acampamento. E assim quase 12 minutos de caminhada depois, Al-Ghurab finalmente detecta a mente de seu familiar, e, depois de acalmar o corvo, começou a investigar o acampamento. O mago percebeu que não havia mais luzes ali, e depois de confirmar, com seu corvo, que os homens haviam ido embora para noroeste, ele desfez a neblina e para ver o que restava. Apesar de nada ter sido roubado, todos os equipamentos e tendas havia sido reviradas, e estranhamente, parecem ter fuçado o chão, como se usassem o olfato. Satisfeito, o mago chamou o corvo de volta, e depois de decidir deixar o acampamento onde estava, eles seguiram guiados por Yoni e Raio, ajustando o caminho até manter a região onde encontrariam a gruta do elfo, ao norte deles.
Pouco mais de 30 minutos haviam se passado desde que saíram da região próxima ao acampamento, quando Sombra escutou sons de tambores. Eram ritmados e contínuos, mas não pareciam se aproximar, e nem lembravam as batidas dos rituais que haviam presenciado, estavam apenas ecoando de algum lugar ao oeste dali. Eles ponderaram investigar o local, mas se todos fossem juntos seria perigoso, e assim Yoni decidiu usar sua transformação selvagem para seguir sorrateiramente até o local, enquanto o resto aguardaria ali. Foi quando uivos de lobos começaram a se aproximar, e acabou forçando o grupo a combinar de se encontrar próximo a gruta. Yoni usou sua Transformação Selvagem, e em forma de macaco, subiu numa arvore, e seguiu para oeste, enquanto Raio manteve o grupo unido para o norte dali.
Yoni percorreu quase 1 milha por cima das arvores, até perceber uma aldeia, a frente dela, no meio de uma clareira natural. Cautelosamente a druida se aproximou de galho em galho, até conseguir ver 10 cabanas de madeira de construção recente. Ou 12, se os dois telhados atrás da ultima em sua linha de visão, não forem apenas uma construção interligada. As cabanas foram construídas circulando a clareira, e no meio delas havia agora uma grande fogueira, crepitando e balançando ao vento, e ao movimento de 15 pessoas nuas pintadas de inteiramente de branco, e com um risco de tinta negra riscando os olhos. Os 15 dançavam ao redor, enquanto 6 outras pessoas, estas vestidas com roupas simples e apenas os rostos pintados, estavam um pouco mais distantes, e tocavam tambores num ritmo, continuo, mas não soava como musica. A druida então viu um homem, também nu e pintado de branco, mas destacava-se por dançar na direção oposta as outras 15 pessoas, e além disso, no peito dele havia um simbolo pintado em negro, que depois de focar um pouco, ela reconhece como o simbolo encontrado no quarto da Ama de Leite de Braeghart, e no amuleto que Sombra havia roubado de um cultista. Yoni ficou tentada a investigar, mas preocupada por estar sozinha, ela apressou seu retorno pelas arvores, seguindo para nordeste até encontrar seus companheiros.
Raio guiou o grupo perfeitamente. A trilha parecia se abrir a frente dela, como se a descrição da direção que Yoni havia dado, acendesse em sua mente como o aviso de sua magia Hunter’s Mark. Os lobos logo ficaram para trás, talvez tenham sido afugentados pela trilha que os aventureiros tomaram, ou haviam encontrado presas mais fáceis. Pouco mais de 40 minutos haviam se passado, quando Yoni e eles chegaram quase ao mesmo tempo a uma área mais baixa que o resto do bosque. Aqui, eles estavam cercados de arvores mais densas nas costas, e uma muralha de formações rochosas a frente. No paredão de pedra, haviam 4 grutas, e para as grutas, seguiam 4 caminhos livres de vegetação. Limpos como numa trilha antiga.
Sombra olhou para as trilhas e logo teve sua memoria acesa por lembranças terríveis. Duas das trilhas, tinham rastros muito parecidos com rastros de Owlbears. Enquanto Yoni retornava ao normal, Raio analisou os 4 caminhos de pouco mais de 20 metros até as entradas das grutas, e confirmou a desconfiança do monge. A gruta da esquerda, e a segunda depois dessa, tinham claros rastros que indicavam ninhos destas monstruosidades, e além disso, estava na hora de caça delas.
Emboscada na frente da gruta:
A ranger analisou de longe as outras entradas, e percebeu vestígios de acampamento na entrada das duas outras grutas. E assim o grupo discutiu qual dos outros dois caminhos levaria a gruta do elfo. Mas Yoni não tinha certeza. A druida lembrava apenas que uma das grutas ao lado da dele, era o caminho para uma tribo de Homens-lagarto, e que eles eram muito hostis. Sombra então escolheu a segunda gruta da esquerda para a direita, e começou a investigar o local. Mas mesmo com toda sua atenção, aos detalhes, o monge não conseguia detectar a raça de quem havia passado por aqui, mas sabia que vários acampamentos foram montados aqui ao logo do tempo, pelo menos um deles foi feito dentro dos últimos dois dias.
Sombra continuou sua investigação dos restos de acampamento na trilha para a entrada da gruta, e depois de perceber que o túnel, parecia seguir para o norte e para baixo, e ao confirmar que não poderia seguir rastros dentro dela, ele decidiu chamar o grupo para decidirem se entrariam nela, ou tentariam a outra.
A Sociedade da Porta Branca, discutia se esta entrada era a da tribo hostil, ou se era do Elfo conhecido de Yoni. Os argumentos eram claramente a favor, afinal, apesar de vários acampamentos terem sido feitos ali, não parecia apresentar um grande fluxo de pessoas, o que indicava a gruta como abrigo do elfo. Eles já estavam descidos a entrar, quando foram surpreendidos por 4 minusculas criaturas.
Duas delas atacou o monge, e as outras duas atacaram o mago e o guerreiro. Garras minusculas os feriram, enquanto alguma força psíquica tentou ferir a mente deles. A mente do monge, pereceu, e só então os aventureiros perceberam seus inimigos. Eram criaturas aberrantes, cérebros humanoides, com 4 patas munidas de 3 garras afiadas. Yoni conjurou Conjure Animals, e trouxe dois grandes e Terríveis Lobos, Luz e Trovão, para auxilar na batalha, enquanto ela atacava com seus dois tiros de Eldritch Blast. Al-Ghurab, atacou os estranhos inimigos com Magic Missile e Ray of Frost, enquanto Drexter e Durîn, atacavam ferozmente com o martelo-machado anão, e a espada longa envolta de seu Divine Smite.
A batalha não foi longa, mas os seres aberrantes haviam incapacitado a mente do monge, tornando sua capacidade de raciocínio aparentemente nula, e depois disso pareceu ser o único alvo deles, tornando-se então mais um obstaculo, pois mesmo sem saber o que elas queriam, eles tentaram afastar as criaturas de Sombra, temendo um ataque mortal.
Com os 4 cérebros destruídos e caídos, os aventureiros discutiram o próximo passo, enquanto Raio analisava a situação de Sombra. Mas os sons de inúmeras patas começaram a se aproximar, e temendo serem outros destes estranhos seres, Yoni ordenou que seus lobos guardassem a entrada da gruta, e o grupo entrou no longo túnel carregando o monge.
O túnel da gruta seguiu poucos minutos para o norte descendo cada vez mais até que virou 90° para o oeste, descendo num túnel menor.
Uivos e rosnadas ecoaram até o grupo, que decidido, adentrou mais na gruta chegando em uma caverna de aproximadamente 40 metros de largura. Quase dividindo o local, estava um lago, que deixava apenas dois caminhos, até o final desta gruta. Do lado direito, havia um caminho estreito, por onde apenas uma pessoa passaria com dificuldade. Do lado esquerdo, um caminho maior levava com facilidade até uma Grande tenda Hexagonal feita de pano. De dentro dela emanava uma luz tremeluzente de algum tipo de magia. E na frente da entrada desta tenda, estava um elfo vestido com um manto verde cheio de desenho de folhagens.
O grupo parou nas margens do lago. O elfo virou-se para eles, e ao avistar Yoni disse: “YONI?!“.
END
Texto com base no Resumo de André (Drexter) e Hugo Silva (Durîn)