Sessão 022 – A Morte de Amanda, a Chave do Vazio e Salvação pela bebida (07/01/2020)

Entravam todos na Igreja, e enquanto Yoni sentava-se no canto para conjurar detectar magia, Sombra havia corrido para a frente da escada para o balcão. O monge estava de frente para uma estranha criatura, que acabara de lhe perguntar o que fazia ali.
O monge tenta saber quem era a criatura, mas seja lá o que ela era, o ser sem rosto apenas indicou que esta era a casa dele, e que eram os aventureiros que deveriam responder. Sombra tentou ser educado, tentou aproximar-se mais, mas o tom da conversa não parava de rumar para uma batalha.
Os outros aventureiros avançaram e tentaram conversar com ela, mas a criatura parecia responder apenas ao tabaxi. Sombra então explicou ao grupo que ela só falava na mente dele, e da indicação do lugar como Dele. O grupo ficou confuso, não sabendo se o ser sem rosto se referia a igreja ou ao plano em que se encontravam. Muitos tentaram perguntas, mas a criatura manteve seu foco no monge.
Para conferir Yoni pediu Sombra perguntasse por que o ser havia colocado um portal no plano deles. Mas uma discussão sobre o “Aqui”, fez com que Sombra ignorasse os pedidos. As discussões continuaram, Durîn continuava a avançar e exigir uma resposta, Sombra tentava acalmar os ânimos, e a criatura ainda parecia aguardar uma resposta. Foi então que Al-Ghurab, conjurou Detect Thoughts, conectando sua mente a da criatura, e detectando apenas o estado de alerta e a curiosidade da criatura. Insatisfeito o mago forçou sua mente tentando obter mais informações, mas a criatura resistiu.
Sombra viu o “rosto”, formando uma estranha expressão de raiva, e ainda encarando o monge, a criatura Grita na mente dele: “SAIAM DAQUI!“. Suspeitando que foi algo que o mago fez o tabaxi apenas xinga no ar. A criatura toca a beirada do balcão com seus dedos longos e o ferro da estrutura enferruja enquanto ela grita mais uma vez: “SAIAM DAQUI!“. Raio usou seu Instinto de Caçador, tentando identificar alguma vulnerabilidade dele, mas a ranger não conseguiu cheirar nada no ar, e sua analise não deu resultado. A criatura ameaçou novamente, e o grupo começou a sair. Sombra sai tentando bater na cabeça do mago, que violentamente conjura Shield, impedindo o ataque e saindo logo em seguida. Durîn foi o ultimo a sair, e saiu encarando a criatura que no final disse: “Não voltem.“. O anão mal-humorado saiu resmungando “Veremos…Veremos“.
Minas de Ul’ator:
Os aventureiros saem da igreja, voltando para parreiral, e decidiram seguir para as Minas de Ul’ator. No caminho os aventureiros discutiram o que era aquela criatura sem rosto, mas nem memoria, nem leitura trouxe alguma claridade. Alguns deles, lembravam de uma criatura semelhante, uma monstruosidade conhecida como Doppelganger. Porém estas criaturas apesar de totalmente mutáveis, ainda tem um rosto, com olhos, nariz e boca. Insatisfeito com o que os aventureiros conseguiram de cabeça, Al-Ghurab tentou acessar seus antigos estudos, mas acabou se contorcendo e gritando com uma dor mental, que de repente cessou, dando lugar para sua outra personalidade, Ba-Ruhgla.
Depois de fingirem normalidade com o mago, eles seguiram para as minas, e depois de vários minutos, eles finalmente chegaram nas minas, e para surpresa deles, havia iluminação interna. Cautelosos eles analisaram o terreno do lado de fora, e até onde conseguiam enxergar. E assim, depois de encontrar materiais, e uma trilha ainda bem definida até a cidade, eles confirmaram que ela estava em uso normal, para mineração. Durîn, estava sugerindo que todos voltassem, quando todos notaram a falta de Nora.
Os aventureiros se olharam, tentando lembrar quando foi a ultima vez que haviam visto a companheira. Yoni lembrou então que logo depois de saírem da igreja, alguns minutos depois já dentro do Parreiral, ela olhou para trás e voltou. Durîn gritou: “NORA!? NORA?!”, e depois de ser acalmado pelos outros, eles decidiram voltar e procurar os rastros dela. Sombra decidiu seguir depois, entrando nas minas para confirmar que o barulho que escutava era de mineradores, e depois de encontrar carrinhos, equipamentos de mineração, e até mesmo uma trilha para o carrinho descendo as escadas, ele se sentiu confiante para retornar correndo para junto do grupo.
Igreja de Lavenus:
Raio, rastreou o chão do parreiral a procura da estranha companheira, enquanto Yoni incomodada por um fio de cabelo que tocou seu olho, jogava lama no rosto em desespero. Estranhamente, mesmo com esta estranha cena, o grupo parecia calmo e depois que a Ranger encontrou os rastros de Nora, eles a seguiram de volta para a Igreja, onde eles passaram vários minutos discutindo se entrariam ou não na igreja. Raio não havia detectado nenhum sinal da criatura nas janelas quebradas do balcão. Pelo menos não pelo lado de fora. E assim ela, a druida e o mago, começaram a instigar uma investigação no local, mas percebendo que entrariam sozinhos, e com a confirmação de que os rastros de Nora, o grupo desistiu. Raio deixou então um novo punhado de ervas na entrada da Igreja, e seguiram os rastros de volta para a cidade, eles decidiram voltar para a cidade atrás de sua companheira.
Ul’Ator:
Os aventureiros entraram na pequena cidade, e prontamente entraram na taverna para perguntar onde a companheira estava e acabaram encontrando Nora comendo tranquilamente um ensopado… Durîn ficou então furioso, e reclamou com a companheira: “Minha Filha! Como é que você faz um negocio desses!” tensão ficou no ar enquanto Nora levantava a boca cheia de comida. E o anão concluiu: “ISSO É UM ABSURDO! Veio comer e não chama!?“. Nora então contou que havia lembrado que não tinha comido ainda e por isso voltou. Raio receosa, tentou seu Instinto de Caçador, para verificar se era uma outra criatura, mas não conseguiu sentir nada. Drexter, pediu a ela que fizesse exatamente o que havia feito da primeira vez que ele havia encontrado a garota. Confusa, ela pensou e começou a gritar numa voz estridente e continua. O taverneiro se aproximou, e Yoni o acalmou dizendo que era uma apresentação de arte. Nora tentou então se cortar para sangrar, e o grupo a impediu. A loucura estava lá, mas a duvida ainda pairava pelo grupo. Ainda poderia ser o “Doppelganger”, pois ele saberia disso tudo.
Eles se viraram para o mago, e o elfo confirmou que poderia ser o metamorfo, mas que o sangue poderia ser diferente. E assim o grupo deixou que ela se cortasse, e como sempre, a exagerada Nora cortou-se mais do que devia, mas deixou-os mais tranquilos. Yoni prontamente fez os primeiros-socorros, enquanto ela voltava a comer. Ba-Ruhgla, questionou então, o que eles iriam fazer no momento, esperando uma discussão, mas uma outra estranha noticia veio de Nora. Quando ela voltava pelo parreiral para a Igreja, ela havia se encontrado com a criatura, que mandou para eles um recado: “… Ele disse para mandar: os Cumprimentos deles para a Sociedade da Porta Branca.“. O grupo insistiu em saber mais, e a estranha companheira, disse que não se falaram mais, porém os dois seguiram juntos da igreja até a cidade, onde ele se despediu dela e entrou num Prédio. O prédio por onde eles chegaram, ao passar pelo Arco-Portal no plano deles.
Animados com a possibilidade de o portal estar aberto, eles decidem seguir juntos, o mago pediu que Nora parasse de comer, mas ao receber a permissão para ir comendo, ela tentou levar o prato, e ao ser repreendida pelo taverneiro, a estranha aventureira jogou o ensopado em sua roupa e saiu carregando como se fossem frutas, comendo o que podia com a mão, enquanto o caldo escorria. O grupo já estava quase acostumado com isso, e depois de leves reviradas de olho, eles saíram da taverna. Durîn perguntou se a criatura havia se apresentado, mas a companheira lembrava-se apenas que ele a havia chamado pelo nome.
Aproveitando o momento, Raio tentou fazer com que ela mostrasse o conteúdo do bau, mas a aventureira apenas devolveu para a ranger as 2 outras chaves magicas que lhe restavam. E assim depois de apenas desconversar o grupo atravessou a rua, e se prostrou na frente do Arco da porta para o corredor do prédio, os aventureiros tentaram passar com seus cavalos, mas vendo que nada aconteceu, eles decidiram testar o local com detect magic. E assim, conjurando Detect Magic pela varinha, o mago olhou no arco, mas nada emanava magia. O grupo começou a investigar os andares, mas nada parecia fora do normal, e depois de descer frustrados, Durîn começou a gritar pela criatura: “PIRRALHO! CRIANÇA! PIRRALHO!“. O anão estava cada vez mais nervoso, quando uma porta se abriu, e dela saiu um homem que gritou de volta: “CALA A BOCA PORRA! TEM GENTE TENTANDO DORMIR AQUI CARALHO!“. O grupo continuou a discutir o que fazer no corredor do prédio, fazendo com que a pessoa abrisse a porta mais uma vez ameaçando chamar a milicia se eles não parassem de fazer barulho. Durîn gritou de volta dizendo que era da milicia, mas o homem o olhou dos pés a cabeça e decidido que nunca tinha visto o anão, ele entrou e balançou o sino da milicia. Enquanto a confusão acontecia, Sombra tentava encontrar alguma saída, ou entrada, pelo outro lado do prédio, e Yoni e Ba-Ruhgla estavam decididos a aguardar um tempo de guarda para caso a criatura saísse de lá mais uma vez.
Percebendo que eles estavam realmente incomodando no meio da noite, eles decidiram sair de perto da entrada, mas poucos passos foram dados, e no fim eles encontraram outro assunto para discutir. Ao perguntarem se a criatura estava em alguma forma diferente, ela informou ao grupo que não, mas que ninguém parecia se incomodar com a forma dele. O grupo perguntou quem havia visto, mas Nora apontou para um canto na rua, indicando um suposto homem que ninguém via. Vendo que dali não sairia muita coisa, perguntaram se a criatura havia dito algo mais, ao que a companheira revelou ter escutado: “Até logo, espero que vocês fiquem bem…“, porem isso fez com que a companheira pensasse se havia imaginado isso, ela voltou a falar, agora com mais certeza na voz: “Não, não, não… Ela disse para mandar lembranças e para avisar que nunca mais voltassem para a casa dele/dela.“, além de ter pedido varias vezes para que Nora parasse de segui-lo.
Os aventureiros estavam prestes a sair da frente do prédio, quando Eduardo, da Milicia, chegou pedindo que saíssem de perto da porta do prédio, pois eles estavam falando alto demais. O grupo começou a tentar desconversar, mas foi o Mago que deu o caminho para a solução. Tirando do bolso o livre passe para investigação do assassinato de “Adriana”, e entrada na cena do crime, ele passou para Eduardo, que olhou, leu, e arregalando os olhos disse: “QUE ASSASSINATO?! “. Raio tentou enrola-lo, dizendo para falar mais baixo, mas o milico que ainda fitava o mago esperando uma resposta, voltou a dizer: “Eu não soube de nenhum Assassinato… e QUEM é Adriana“. Drexter tentou enrolar o filho do taverneiro, mas Nora que estava junto deles falou baixinho com orgulho: “Sou EU!“.
Eduardo ficava cada vez mais confuso, e a situação parecia estar caminhando para ainda mais uma complicação, quando Durîn lembrou de sua promoção, e tirou sua insignia de Major, mostrando ao milico abismado. Nora o cumprimentou, dizendo se chamar “Adriana”, aumentando o nervosismo do grupo, mas no fim Eduardo balançou a cabeça, e aparentemente deixando as loucuras para trás, virou-se para o anão, e pediu que fizessem silencio e saíssem do local. Não muito satisfeito, e imensamente confuso, Eduardo frisou seu pedido de silencio e seguiu para a taverna.
Sem o que fazer, os aventureiros discutiram sobre retornar para a Igreja, mas acabaram decidindo por ficar ali e montar guarda. E assim eles se espalharam pelo local, ficando na frente do prédio, e seguindo para a frente da casa de Amanda. E foi então que, alguns minutos depois, a porta da casa de Amanda, Abriu e logo depois Fechou-se. Vendo isso, Durîn desconfiou ser o “Beibeholder”, e ao comentar com o grupo, Ba-Ruhgla foi para o meio da rua olhando na direção da casa, e conjurou Gust, na esperança de cobrir qualquer coisa invisível que passasse por ali. Yoni usou sua Transformação Selvagem, e virou um Tressym, e focando na direção da casa ela viu o pequeno Beholder passando ao lado do mago com uma expressão confusa, e ao mesmo tempo satisfeita. A druida então tentou manter a pequena criatura na sua linha de visão, até que as duas cruzaram seus olhos, mas no fim quando o beholder entrou no prédio que estavam antes, Yoni começou a chiar e apontar para a porta.
Yoni correu para dentro do lugar, seguido de perto por Sombra, e atrás deles seguiu o resto do grupo. O beholder subiu as flutuando pelas escadas, e Yoni e Sombra seguiram silenciosamente atrás, até que a criatura saiu no terceiro andar e sumiu no final do corredor, passando diretamente pela parede. Yoni tenta seguir junto mas bate na parede, e logo depois correu de volta para a entrada voltando ao normal para contar ao grupo.
Os aventureiros começam a discutir sobre subir e investigar. Nora conjura Invisibility, e segue fazendo barulho para o terceiro andar. Durîn que se achava silencioso, entra fazendo barulho com sua armadura, despertando a ira do morador que novamente abre a porta gritando: “CARALHO VEI! CALA A BOCA PORRA! TEM GENTE QUERENDO DORMIR!“, e tenta entrar para bater a porta, mas Yoni conjura Crown of Maddness no morador, e depois de apontar um pobre homem que passava na rua, eles viram o morador fumegar, e correr babando de raiva em direção ao homem. O grupo então começou a subir as escadas, enquanto o morador espancava o pobre transeunte gritando: “EU DISSE! CALA A BOCA!“.
3º Andar do Prédio:
Os aventureiros chegam ao corredor do 3º andar. Ba-Ruhgla conjurou, com ajuda da varinha, Detect Magic, e confirmou uma linha imensamente fina formando um arco na parede, e emanava Conjuração. Era um Portal. Os aventureiros haviam encontrado a possível saída, e assim eles começaram a testar a parede com suas armas, e tentaram inclusive usar a Chave do Vazio nela. Mas segundo o mago, eles precisariam sincronizar com ela, e se o fizerem, eles arriscariam danos a saúde mental. Enquanto eles tentavam decidir quem sincronizaria com a Chave do Vazio, ou se tentariam outra coisa, o mago se ofereceu para tomar uma dose da misteriosa poção, para inclusive ler o Livro de Nyarlathotep. Porém o anão impediu a tentativa, e acabaram decidindo por montar guarda da janela do quarto deles na taverna, e agir quando o Beholder ou a Criatura voltasse.
Os aventureiros voltam para rua, e perceberam que a confusão chamou atenção de Eduardo, que estava na taverna, estava agora tentando arrastar o morador descontrolado para longe do homem, agora desmaiado no chão. Vendo isso, Yoni perguntou a Vera se valia a pena curar o homem, mas como a investigadora não o conhecia, a druida deixou pra la. Raio por sua vez, se jogou ao lado do homem, e começou a aplicar os primeiros socorros. A ranger tocou o corpo machucado do homem, e depois de comentar que o ombro estava deslocado, ela fez um movimento estranho, que emitiu um estranho barulho de biscoitos quebrando. A tabaxi virou o homem imediatamente, e tentou disfarçar sua conjuração de Cure Wounds, escondendo decentemente, de boa parte dos espectadores. O homem se levantou agradecendo, e enquanto ela tentava confirmar que havia realmente curado ele, um grito de terror ecoou.
Os outros aventureiros estavam já entrando na taverna, quando os gritos de uma mulher ecoaram pela noite. Do lado de fora, eles viram uma mulher vestida numa camisola, abrir a porta da casa e gritar por socorro. Os aventureiros correram para a frente da casa, perguntando o que aconteceu e viram, enquanto a mulher gritava que a filha dela estava em pedaços. La dentro, agachado sobre o corpo de Amanda, estava um homem. Provavelmente o pai dela, em prantos, desesperado. A menina estava com a carne despedaçada, o sangue dela estava espalhado pelo local, e parte dos pedaços do corpo estavam petrificados. O grupo tentava obter o máximo de informações da cena, enquanto a mãe da menina continuava a gritar por ajuda. Ba-Ruhgla, percebeu que as partes petrificadas estavam sobre a parte superficial da pele. Raio conseguiu tirar da mãe apenas que eles desceram as escadas e viram o corpo da filha em pedaços sobre o sangue. Foi então que a Arrk chegou, e de forma estranhamente competente, começou a analisar e pedir espaço.
O grupo chegou a pensar em trazer a menina de volta, mas deduzindo que ela havia sido morta pelo beholder, e devido ao tempo que os pais levaram para encontrar o corpo depois, ela estava morta a pelo menos 3 minutos. Era tarde demais. Revivify não funcionaria. Desta forma, sabendo que não tinham o que fazer, e por Arrk já estar investigando o local, os aventureiros decidiram sair de lá e retornar para o quarto na taverna para discutir o que fazer.
Taverna:
No quarto, os aventureiros discutem sobre a situação, enquanto ficam de olho na rua. Sombra começou sua sincronia com a adaga Chave do Vazio, tendo sua saúde mental levemente afetada ao final. E depois de uma hora, não vendo nenhum sinal da Criatura ou do Beholder, eles estavam prontos para tentar abrir o portal. Antes de saírem, o mago explicou ao grupo como funcionaria, e assim sabendo que tinham poucas chances para abrir eles saíram tensos para o Prédio.
Na frente da taverna, antes de seguir para o prédio, Durîn discutia com Raio sobre levar, vender ou libertar os cavalos, e depois de firmemente frisar que “OU DUQUESA SAI, OU NINGUÉM VAI SAIR“. Vendo a discussão Nora Conjurou Reduce sobre o cavalo de Durîn, e pegando ele no colo disse que poderiam seguir. Estranhamente o anão não gostou, e pediu que ela desfizesse a magia. Mas depois que Nora disse que duraria pouco tempo, o guerreiro pagou 5 peças de ouro para que o Taverneiro tomasse conta dela até que ele voltasse. O resto do grupo aproveitou para tentar vender ou trocar os outros 2 cavalos, mas Carlos não queria conversa e eles seguiram finalmente para o Prédio.
3º Andar do Prédio:
Eles estavam em frente a parede. Yoni e Ba-Ruhgla estavam com Detect Magic ligado. Sombra estava com a Adaga magica empunho. E assim o monge tentou usar a Chave do Vazio para abrir o portal, e com um solavanco da adaga eles se frustraram. Nada aconteceu. Sombra tentou novamente e outra vez recebeu um solavanco.
O grupo ponderou usar a adaga mais uma vez, mas temendo a falha que os prenderia ali por 30 dias. Mas o mago, explicou que eles poderiam trocar a pessoa que sincronizaria com a Chave do Vazio, para retornar a chance deles que estava pequena para o valor original. E assim o grupo decidiu voltar para a taverna onde Raio pegou a adaga para sincronizar. A tabaxi sofreu dano mental como o monge, e o grupo então retornou para a frente da parede onde eles viam a linha que formava o arco do Portal. Raio segurou a adaga, e tentou colocar na parede, recebendo-a duas vezes de volta como um coice. Frustrados eles voltaram a taverna.
Já era a segunda vez que eles voltavam para a taverna, e Carlos o Taverneiro estava curioso, e chegou até a tentar devolver as peças de ouro, mas Durîn, recusou-se dizendo que era apenas um contratempo.
Desta vez foi a vez do mago, que prontamente sincronizou com a Chave do Vazio. Mas sua mente sofreu mais dano que os tabaxi, e acabou surdo. Ba-Ruhgla gritou em desespero para os quatro ventos, até que Drexter bateu no rosto dele com o Cetro de Benção, conjurando Lesser Restoration, e curando a surdez do elfo. Mais calmos, eles seguiram para a frente do portal, onde mais uma vez a viagem foi frustrada pelas falhas de uso da adaga.
O grupo voltou nervoso para a taverna, e Carlos mais uma vez tentou inciar uma conversa, dizendo que já estava na hora de fechar, e mas o grupo disse que sairia novamente em breve, e o pobre homem acabou dizendo apenas que deixaria a porta aberta para eles.
O anão pegou a adaga confiante, sentou-se e começou sua sincronia. O grupo discutia em o que fazer, caso tenham que passar 30 dias presos nesta dimensão, quando o anão terminou e simplesmente olhou para o nada. Yoni perguntou se ele estava bem, mas não houve resposta. O mago cutucou o guerreiro, mas ele não se mexia. Estava estranhamente catatônico, mas ao tentarem levanta-lo, ele se levantou. Ao se moverem o anão seguiu junto. E assim eles foram até o 3º andar do prédio do outro lado da rua, e o colocaram em frente ao Portal. Do nada o anão chacoalhou a cabeça recobrando a consciência e olhou os companheiros e enfiou a adaga na parede. A Chave do Vazio entrou como se a parede fosse manteiga. O guerreiro então girou-a, e um brilho surgiu ao redor dela e dos riscos do arco, juntando-se ao centro em cores diversas. A adaga ficou livre e o portal estava aberto.
Felizes, os aventureiros passaram um a um pelo portal. E por fim passou Durîn.
Ul’Ator no plano original do grupo:
Os aventureiros estavam nas ruas de Ul’ator, destruída pelas chamas. Atrás deles, não mais havia a ilusão do prédio. No terreno baldio não haviam mais chamas. As ilusões parecem ter sumido. O grupo estava realmente de volta.
Todos comemoravam, e se organizavam na rua para discutir o que fazer. Mas o anão olhava para trás. Ele estava curioso. E sem dizer nada Durîn passou pelo portal novamente, e antes que alguém pudesse falar algo, o portal sumiu.
O grupo não entendia o que tinha acontecido. Por que ele voltou?
Yoni então sentou-se e pensou sobre o tempo que haviam passado lá, e com ajuda do mago, eles descobriram que não havia passado muito tempo, e que se ele ficar preso lá por 30 dias, deve levar pouco mais de 1 hora. Assim ela se levantou e voltou ao terreno Baldio para confirmar que ele estava do mesmo jeito, e confirmou que o local ainda emanava necromancia. E ao chegar no centro do terreno ela confirmou que o “Portal para o Abismo”, que nora havia batizado ainda estava la. E a chave estava no outro plano…
Ul’Ator Plano de Amanda:
Durîn se viu no corredor do prédio. Sozinho. Olhou para trás e não viu o portal. Frustrado, mas nem tanto, ele tentou abrir o portal novamente. E com toda confiança ele colocou a adaga de volta na parede, mas desta vez ela saiu de lá com um coice. Falhou. Uma gota de suor desceu por sua testa. O Guerreiro estava numa enrascada.
Carlos viu o anão voltar para a taverna sozinho, e ir dormir. A curiosidade só aumentava.
No outro dia, Durîn procurou pela cidade por algum vendedor ambulante, ou qualquer outra pessoa que pudesse entender de itens mágicos, mas sua busca foi em vão. O anão então procurou por Eduardo, e depois de pergunta-lo quando o padre voltaria, e ao receber uma negativa frustrada, o guerreiro o chamou para o canto e começou a explica-lo sobre a chave: “Eduardo. Preciso que você mantenha isso em extremo sigilo…“e ao apontar para a adaga continuou: “Isto aqui, pode não parecer. Mas é uma chave. É uma Chave MAGICA, para outro plano, que nos ajudará a elucidar assassinato da menina que virou pedra.“. Eduardo olhou com estranheza para ele, e talvez em um outro dia, e com outra pessoa, Durîn teria falhado em convencer o rapaz a sincronizar com a adaga por ele. Mas a pouco tempo, o pai de Eduardo havia lhe falado sobre o estranho pedido para tomar conta dos cavalos, e sobre as varias corridas para o prédio em frente, e que por fim o anão havia voltado sozinho para dormir. E assim, Eduardo perguntou se isso não causaria mal a ele, e que tinha trabalho cumprir. Durîn então disse a ele: “Veja só. Eu me sacrifiquei para abrir este portal uma vez. Mas infelizmente…. Eu não consegui ficar do outro lado!“. O anão parou, e ponderou o rosto do rapaz e continuou sua explicação sobre suas chances, e sobre a sincronia com a adaga. E assim depois de oferecer 4 peças de ouro para pagar o dia, os dois concordaram e seguiram para o 3º andar do prédio.
Lá em cima os dois se sentaram no corredor, uma pessoa tentou abrir a porta e sair, mas Eduardo disse apenas: “Serviços da Milicia de Ul’Ator! Por favor mantenha-se dentro de casa!“, e assim depois que ele sincronizou com a adaga, e com as instruções de Durîn, Eduardo foi até a parede e tentou abrir o portal por duas vezes, mas nada aconteceu. Os dois então sentam novamente enquanto Eduardo aguardava por mais 1 hora até que sua ultima chance surgisse. A porta do morador abriu-se mais duas vezes, mas o rapaz o impediu de sair da casa. No fim, a adaga falhou uma terceira vez. Frustração encheu o corpo do anão, mas ele dispensou o milico, com as 4 peças de ouro e uma carta de recomendação.
O filho do taverneiro estava descendo as escadas, quando o morador abriu a porta novamente. Ele olhou para o anão, e estava prestes a fechar resmungando sobre ter que trabalhar, quando o anão disse: “OPA Calma! A milicia de Ul’Ator precisa de você!“, e assim o guerreiro explicou a ele sobre toda a situação e oferecendo 4 peças de ouro, ele conseguiu convencer o morador, que disse: “Tudo bem, eu tinha que voltar do trabalho daqui a pouco mesmo…“.
Esperança encheu o coração do anão, mas no fim, o homem falhou 2 vezes, e depois de descansarem por 1 hora, ele falhou novamente. Durîn puxou as 4 peças de ouro, e perguntou ao rapaz se alguém morava com ele. Os dois se olharam por alguns segundos. O homem pegou suas 4 peças de ouro, e passando ela na mão ele disse: “Moro com minha mãe e ela está sempre disposta a ajudar.“. E assim depois de acordarem no mesmo valor, ele trouxe sua mãe. Ela era idosa e mal entendia o que falavam com ela. A mulher então sentou-se no chão com a adaga e seguindo as instruções do filho, ela sincronizou com a adaga. Durîn viu a sanidade deixando o corpo da senhora, e quase se sentiu mal. O homem levantou a mulher e enquanto ela dizia algo sobre pega o queijo, eles a guiaram para a parede e ela tentou 3 vezes em vão.
Nervoso o anão saiu do prédio pisando firme, e procurou por mendigos, ou pessoas que estivessem dispostas mas no fim, ele não conseguiu encontrar ninguém, até voltar para a taverna. Lá ele viu um homem bêbado. O guerreiro se aproximou dele, e tentou conversar mas o pobre homem não conseguia se expressar. Durîn então foi até Carlos, e perguntou o que ele havia bebido, e sabendo que ele havia bebido cachaça ele voltou e ofereceu a ele uma garrafa.
O homem não parecia raciocinar, mas mesmo assim ele aceitou. Os dois seguiram para o 3º andar do prédio, onde ele sincronizou por 1 hora com a adaga. Algo fez com que o homem recobrasse sua consciência imediatamente, e como num senso de dever, ele perguntou ao anão o que fazer. Durîn já não estava com muita expectativa, mas o bêbado colocou a adaga na parede que entrou como manteiga, virou e abriu o portal. O equilíbrio ruim do homem quase o fez passar pelo portal, mas o anão o segurou.
Ul’Ator no plano original do grupo:
Haviam se passado poucos minutos, quando o portal abriu novamente, e dele saiu uma mão segurando a adaga. Prontamente eles tentam puxar o braço mas ele sumiu novamente para o outro lado. Segundos depois, para o alivio do grupo, veio Durîn. Mas o portal não fechou.
Tensos, os aventureiros queriam fechar o portal, e estavam no meio da discussão quando a cabeça do bêbado surgiu pelo portal dizendo: “Mooço?!“. O grupo olhou para ele, sem saber o que fazer. Mas Durîn já tinha experiencia, e assim ele puxou o bêbado e o jogou pelo portal, que fechou logo atrás dele.
Satisfeitos, eles resolveram então voltar a investigar o local. E assim, Yoni que ainda estava com Detect Magic em pleno funcionamento, e com o rastreamento de Raio, as duas descobriram na saída do portal para o outro plano, que agora estava lentamente desaparecendo, rastros de alguma criatura pequena. Elas seguiram os rastros que os levaram até o Terreno Baldio, e lá dentro, desapareceu no meio dele, na frente do “Portal para o Abismo”. Os aventureiros procuraram por vestígios do beholder, mas não encontraram nada. Se ele passou por aqui, claramente seguiu seu “mestre” pelo portal, e se não for o caso, foi embora a muito tempo.
O grupo então começou a planejar os próximos passos, e acabaram então tentando listar o que haviam descoberto. E assim, Nora voltou a falar que descobriu que “Amanda não estava lá!“, e com o comentário de Yoni sobre a relíquia, ela lembrou ao grupo que havia conseguido abrir o bau onde estava a Relíquia, e que apesar de não lembrar de nada sobre ela, ela lembrava sobre o fato de Amanda. Os aventureiros falam sobre o bau que estava com ela, e se ele era o bau da relíquia, mas Nora não tinha a menor ideia, mas depois de bastante insistência ela tirou o bau e o abriu.
Havia nele uma Esfera lisa e Transparente um pouco maior que um punho adulto humano. Nora se espantou, e revelou o conteúdo ao grupo, que prontamente pediu que Ba-Ruhgla tentasse identifica-lo. O mago então pegou a esfera, e ao analisá-la ele não conseguiu determinar a raridade com certeza. Assim, tentando não perder tempo, ele decide tentar o ritual de identificação como se a Esfera fosse um artefato magico. O elfo sentou-se e depois de avisar ao grupo que assim o faria, ele começou o processo de identificação.
Depois de 2 horas de identificação da Esfera que emanava Divinação, o mago se viu com os olhos travados num único ponto negro no centro da esfera. O ponto começou a se expandir, mas a mente do mago, não ficou alarmada. Afinal ele ainda não havia recebido as informações sobre ela, e aquilo devia ser portanto um aspecto da identificação. O ponto negro tomou conta da esfera, e logo depois expandiu-se para fora dela, cobrindo o mago e tudo ao seu redor. Ba-Ruhgla olhou para o lado na escuridão e ao voltar a virar-se para frente ele viu o Mundo. Iantarkel era uma esfera de 20 cm, e estava a pouco mais de 7 metros dele. Ou pelo menos era o que parecia. Apesar da estranha perspectiva ele sabia que estava olhando para o planeta. Foi quando ele viu uma longa cauda negra desaparecer atrás de Iantarkel, e no fundo dois olhos amarelos o fitavam e um sorriso branco surgiu. Ba-Ruhgla estava muito confuso, e ao piscar ele estava sendo sugado para dentro do planeta, e foi neste momento que ele pensou no Rei Amarelo, e tudo parou. A visão do mago virou-se do planeta para o espaço vazio, e viu uma minuscula estrela brilhar para ele. E ele sabia, para chegar lá, levariam milhares de anos. E ele se viu seguir na direção da estrela.
Havia anoitecido e ao todo, já tinham se passado 4 horas desde que o mago tinha iniciado a identificação. O grupo começou a ficar inquieto, Nora sugeriu que ele deveria ter terminado a 2 horas. Raio se aproximou dele e depois de examina-lo, chegou a conclusão de que o Elfo da areia estava catatônico. Achando isso estranho o monge deu-lhe um tapão forte.
O mago viajava pelo espaço na direção da estrela, que já estava ligeiramente maior. E graças a mente preparada dele, Ba-Ruhgla sabia, havia se passado quase 200 anos. E foi então que uma imensa força o tirou de lá, e o mago acordou certo de que estava morrendo, pois além do forte tapa do monge, ele também havia sido afetado pela “viagem”. O Elfo se levantou gritando que os inimigos estavam vindo, e foi apenas com a conjuração de Calm Emotions de Nora, que eles conseguiram conversar sobre o item.
Nora então aparentemente sã, pegou a Esfera transparente do chão e a guardou novamente no bau, dizendo que aquela era “…a relíquia“. O elfo então revelou ao grupo o que havia visto, e ele deduzira que o item, parecia te-lo ajudado a encontrar o Rei Amarelo, quando ele pensou na entidade. O mago falou sobre a entidade de olhos amarelos, e Nora lembrou ao grupo que a entidade era seu Patrono, e que ela chamava a entidade apenas de “Mãe”.
Querendo tirar alguma reação de Nora, Ba-Ruhgla tentou reproduzir a imagem da entidade que havia visto escondida atrás do mundo. Mas ao Conjurar Silent Image, ele falhou em criar a imagem, correta, e acabou criando uma massa negra de energia.
Yoni conjura Lesser Restoration em Durîn, e o grupo então discute para onde ir.
Vera oferece ao grupo, a oportunidade de seguir com ela até o a capital do principado. Pois no Principado de Breanna, ela tinha um parente, e lá ela poderia ajudar os aventureiros ao máximo, para saber o que houve em Ul’ator. Pois além de gratidão, ela seria também de ajuda, já que é uma ótima investigadora, tem muitos contatos em varias cidades, e poderia disponibilizar para eles um local para dormirem e usarem como base.
Nora então os convidou a conhecer a casa dela. O grupo então perguntou-a se ela guardava anotações sobre a relíquia, mas a estranha companheira disse que havia trazido tudo com ela. E que tudo estava perdido com o Sofá.
O grupo ponderou as duas ofertas, e ao perguntarem sobre as distancias, eles descobriram que Nora mora perto do Condado de Ryall, que fica no Principado de Rhomard. Por ser próximo das casas do mago e da Ranger ao sul, eles ficam tendenciosos. Mas a proposta da investigadora parecia interessante.
E assim, os aventureiros finalmente se decidiram. Seguiram até a Igreja, que apesar de chamuscada, não havia sido queimada pelo incêndio da região. O grupo entrou no local, para, com a liderança de Yoni eles amontoaram todos os bancos, derramaram o óleo que encontraram, e depois de acender, eles observaram a igreja ser engolida pelas chamas, e começar a ruir, antes de seguirem o caminho decidido.
A Sociedade da Porta Branca, saiu então de Ul’Ator, determinados a aproveitar as oportunidades dos contatos de Vera, e assim caminharam pelas trilhas até o Condado de Gascoigne, onde Vera conseguiu para eles cavalos, que os ajudariam a seguir p resto do caminho pela Estrada do Império até o Principado de Breanna.
END.