Sessão 020 – Fogo em Ul’ator (12/12/2019)

Os aventureiros estavam diante do corpo de Carlos o taverneiro. vendo seu corpo atrofiado e o sangue jorrado sobre o balcão.
Vendo o corpo do pobre Carlos ensanguentado no chão, os aventureiros ponderaram o que fazer. Al-Ghurab queria descansar, afinal, ele já estava morto, e a cidade provavelmente também estava. Yoni concordava com a segunda possibilidade, Sombra decidiu entrar na cozinha para procurar o que comer, e Raio foi para trás do balcão para analisar o corpo e tentar descobrir como ele foi morto.
Raio, abaixou-se, virou o corpo para olha-lo de frente e viu o corte próximo ao pescoço, e descendo pelo peito. O que fez com que o sangue jorrasse para cima do balcão. Ele percebeu que o Taverneiro tentou fugir apenas depois de ser atacado, mas era tarde mais. Além disso, pela rigidez nos músculos, ele estava morto a pelo menos 6 horas.
Durîn pondera se o Prefeito também havia sido morto pela mesma arma, mas o grupo não havia analisado o corpo. O mago perguntou em voz alto sobre a possibilidade de ter sido alguma criatura, mas Raio sabia que não, afinal, o corte era muito fino, feito claramente por uma lamina.
Na cozinha Sombra encontra um grande pedaço de charque que ele poderia cortar em pequenos pedaços e usar como ração para 10-15 dias. Porém o mais importante foi um prato de ensopado, já frio. Mas ao analisa-lo, ele percebe que o prato havia sido preparado com as sobras para um jantar rápido para uma pessoa. Provavelmente era de Carlos, e foi subitamente abandonado sem nem ao menos tocar nele. Satisfeito com o que havia encontrado, e sem falar com ninguém, ele re-esquenta o ensopado para comer, e corta a charque guardando-a.
Sem muito o que fazer, e imensamente cansados os aventureiros decidem subir e descansar, entre outras coisas. Porém, Raio fica em baixo decidida a encontrar um livro de receitas com a ajuda de Sombra, e ao encontrar uma pequeno livro, começa a preparar comida para todos do grupo.
Quarto:
No quarto, Nora informa que não consegue trazer ninguém de volta a vida apenas com objetos e devolve o cetro do padre, além de indicar que alguns itens talvez fossem dela, mas como não lembrava ela deixaria para o grupo mesmo. Yoni pede uma prioridade na identificação do cetro, lembrando que ele havia sido usado para curar, e inclusive limpar problemas mentais. Achando que a varinha pode ser mais importante, o mago começa analisando a varinha, e ao descobrir que ela é uma varinha de raridade incomum, ele faz um breve ritual de 11 minutos conjurando Identify, e descobre que ela é:
- Wand of Magic Detection – Com 3 cargas para uso, com recarga de até 3 cargas ao amanhecer.
Percebendo o incrível achado, e sabendo que ela o ajudará a descobrir as raridades dos outros itens com mais facilidade, o mago pede que ela seja cedida para ele, e começa então o processo para identificação dos itens, conjurando Detect Magic por meio da varinha e analisando todos os itens, separando-os por raridades, e deixando de lado os itens que não havia conseguido determinar a raridade. No fim, determinado a identificar o máximo de itens possíveis nesta noite, o mago conjurou Identify por ritual inúmeras vezes e obtendo sucesso com:
- Itens Comum – Com 11 minutos para cada item, ele identificou a Espada Tocada pela Lua do paladino, e as Chaves Misteriosas da ranger.
- Itens Incomuns – Com 11 minutos para cada item, ele conseguiu identificar, a Besta de Mão, o Escudo magico de Drexter, uma Adaga magica, o Bastão magico do monge, as Botas Elficas do monge, o Bolso de Poções do guerreiro. Além de uma estranha adaga com marcas pela lamina, a Adaga de Insanidade.
- Itens Raros – Com 31 minutos de conjuração, ele conseguiu identificar: a Bainha do Envenenamento do monge, dois Manto do Ilusionista que estavam com o monge e com o guerreiro. A Lâmina Druídica da Insanidade para Yoni. Um Revolver Arcano, propicio para conjuradores arcanos, que ele prontamente guardou. E finalmente descobriram por que o Padre Alastor, batia com seu cetro quando conjurava magia pelo Cetro de Benção, e podendo ser tanto para druidas, clérigos, bardos ou paladinos o grupo acabou decidindo deixar com Drexter.
- Itens Muito Raros – Com 1 hora de conjuração, ele identificou: a poção de frasco retorcido que o líder do culto tomava, o Receptáculo da Comunhão com o Vazio. E com 1 hora e 30 minutos tentando chutar a raridade dos itens, ele identificou: o Anel de Proteção do Faraó Negro, e os dois pergaminhos em pele de couro: Marca de Nyarlathotep e Evocação de Criaturas de Insanidade.
Enquanto o Mago maratonava as identificações dos itens:
Drexter saiu pela cidade a procura de seu contato na P.M.I., porém não conseguindo encontrar quaisquer vestígios dele na prefeitura, ele seguiu para a procura de Vera na Milicia. Vera o informou onde ele morava, e assim o paladino seguiu para um prédio residencial perto da taverna, e subiu a procura dele, no terceiro andar. Ao chegar no andar Drexter encontrou um apartamento fechado e outro aberto. No aberto, ele percebe que o local estava bagunçado, mas não parecia ter vestígios de luta, apenas que se alguém viveu aqui, ele saiu as pressas. O paladino, ainda desarmado, sacou sua flail e entrou no apartamento para investiga-lo.
Raio, investigou a taverna toda a procura de qualquer lugar propicio para enterrar o corpo de Carlos, e no fim encontrando apenas a pequena horta da taverna, ela colhe alguns tomatinhos e ervas antes de seguir para a milicia a procura de Vera.
O apartamento estava realmente vazio, seja lá quem tivesse morado neste apartamento saiu as pressas, não deixando muita coisa para trás. Satisfeito com o local o paladino seguiu para o apartamento ao lado, e bateu na porta. A porta se abriu com a batida, revelando sangue derramado na entrada do apartamento. O paladino empurrou a porta para investigar, e encontrou uma menina de no máximo 10 anos, morta na entrada, e uma mulher um pouco mais a frente, também morta. Pesaroso ele entrou para investigar.
Na milicia, a ranger encontrou a investigadora sentada em sua mesa, cansada. A tabaxi tentou convencer a pobre Vera a descansar, mas devido a sua grande agonia, ela apenas permite que Raio deixe o corpo do Carlos na sala do Necrotério, e seguiu para a prefeitura para analisar o corpo de João o Prefeito.
Quarto da Taverna:
Na taverna o mago ainda identificava os itens, e enquanto a druida tentava identificar os itens, o monge que havia deitado para dormir, acabou tendo um ataque de sonambulismo, gritando: “EU VOU SAIR DAQUI!!!“, assustando Yoni. Sombra então se levantou e foi até a janela, onde começou a gritar: “VOLTE AQUI!!!“. Os gritos ecoavam pelo lugar, e Yoni decidiu então descer e ficar la em baixo num local mais calmo. Durîn, tirou o monge da janela, que se debatia e batia em algo que não estava lá. E depois de amarrar ele na cama, ele desceu para comer o ensopado.
Outros lugares em Ul’ator:
Raio, chegou na frente da prefeitura, e com uma breve analise do corpo, ela percebeu que ele foi morto próximo do horário em que o Taverneiro havia morrido, talvez 30 minutos antes. O prefeito tinha um corte na barriga, e pelo estado e rastros de sangue, ele havia corrido para a frente da prefeitura e sofreu o corte nas costas, que o matou. A ranger analisou minunciosamente o corte no pescoço e nas costas dele, e constatou que a arma usada era possivelmente uma cimitarra. E a Imagem do ajudante do prefeito, o agente da P.M.I., surgiu imediatamente na sua mente. Ele usava cimitarra. Fora ele, alguns dos cultistas também usavam, mas algo em sua mente o indicava o agente. Intrigada ela entrou na prefeitura e começou a investigar a mesa dele na prefeitura.
No apartamento, depois de uma investigação minucioso, Drexter percebeu que a menina deve ter morrido ao abrir a porta, e a mulher ao tentar correr para ela. Percebeu que seja lá quem tenha feito isso, não levou nada do local, deixando para trás inclusive um pequenos saco de moedas, que o Eladrin prontamente catou. Frustrado, ele voltou para a taverna para descansar.
Na prefeitura, Raio desistiu das investigações, levou o corpo para o necrotério e voltou para a taverna.
Quarto da Taverna:
Drexter retorna, e encontra Durîn, ainda mantendo guarda de Ronaldo, que não só o grupo havia esquecido, mas que por algum motivo ainda estavam com eles. Depois de uma breve discussão sobre o assunto, Durîn pega Ronaldo para levar para a Milicia.
O anão desceu com o meliante, e encontrou Raio preparando algum tipo de armadilha de sons. Algo provavelmente para indicar que alguém estava entrando, e Yoni ainda sentada numa mesa sincronizando com a espada.
Milicia:
Durîn levou Ronaldo até o primeiro andar do predio da milicia, e não encontrando outra cela disponível, ele coloca Ronaldo na Cela ensanguentada. Ronaldo não parava de reclamar, que ele não podia fazer isso, mas o anão trancou a cela e disse: “EU POSSO! EU SOU A LEI!“, e voltou para a taverna pisando firme.
Taverna:
Nora desceu pegou um prato de feijão e arroz crú, e começou a comer na frente de Yoni, que enojada deu a ela uma Goodberry, mas mesmo depois de ficar aparentemente satisfeita, ela continuou comendo. Assim, tentando não olhar para ela diretamente, a druida questionou o que ela lembrava da cidade. Nora disse, que não lembrava de muito, pois estava sendo torturada a 2 semanas, mas que quando chegou ela descobriu rapidamente sobre o culto, e sobre algo que estava no Parreiral. Ela disse ter falado imediatamente com o Padre, que aparentava saber da situação, mas que a memoria dele e de outros sumia sempre, dificultando as investigações. Contou que para testar a memoria da população, ela espancou um homem, que no outro dia parecia não mais se lembrar, e no fim ele acabou aparecendo no apartamento dela junto com os cultistas, e ela acabou presa.
Mas segundo Nora, ela veio para esta cidade por outros motivos. Ela tinha descoberto que Amanda deveria ter saído desta cidade. Mas depois das investigações ela não conseguiu encontrar vestígios dela na cidade. Yoni e ela conversaram por mais algum tempo sobre as cartas enviadas para o grupo, e sobre os “itens” que ela havia enviado para eles, mas que nunca chegaram. Segundo ela, os itens ajudariam a identificar a Relíquia que eles tiraram da casa, e que segundo ela sumiu. Yoni então perguntou sobre o sonho, e o terreno baldio, mas aparentemente ela sonhou a mesma coisa, e que não conseguiu descobrir nada ao investigar sobre a casa.
Prefeitura e Milicia:
Satisfeita, ou apenas desistindo de evitar ver Nora comendo cereais crus, a druida deixou-a sozinha e saiu da taverna, para colher barro para comer depois, e decidida a esperar o grupo para voltarem a investigar o terreno, ela seguiu para a prefeitura para procurar o livro de Registro das pessoas que moravam, nasceram na cidade. Yoni vasculhou o lugar, mas mesmo depois de revirar tudo, a pequena não conseguiu encontrar nada, e assim seguiu para a Milicia para procurar por la.
Na milicia, a druida encontrou Ronaldo gritando por liberdade. Yoni calmamente chega perto e pergunta se ele sabe onde está o Livro de Registro, mas depois que ele requisitou ser solto por isso, ela simplesmente investiga sozinha o local, e depois de deixar água para ele, e desamarrar as mãos do prisioneiro para que ele consiga beber, ela volta para a taverna.
Taverna:
Depois de identificar todos os itens, o Mago explica os itens mais comuns a todos, mas guarda muitos para conhecimento próprio, sincronizou com o Anel, e com o Revolver Arcano e começou seu descanso. E assim, depois de mais 4 horas os aventureiros estavam todos acordados.
Durîn, separa o dinheiro da recompensa para todos, e quase não entrega a parte de Drexter, que tentou enrolar o anão, pedindo uma 8ª parte para a igreja. No fim depois de separar os valores de forma justa, o grupo discutiu rapidamente os próximos passos a serem seguidos, e assim os aventureiros resolveram deixar a taverna e analisar o terreno, e depois buscar os cavalos prometidos.
Benedino , Dia 18 do 3º Mês de Inverno, 3 horas após o Meio do Dia.
Faltando aproximadamente 3 horas para o anoitecer, os aventureiros saem da taverna, e avistam Vera do outro lado da rua batendo frustradamente em algumas portas. Durîn e Drexter se aproximam dela para falar com ela, e a investigadora confirma as desconfianças deles, de que a maioria das pessoas da cidade parecem ter sido mortas. Vera estava batendo às portas, e ao investiga-las, encontrou apenas corpos. Eles perguntam a ela sobre o Livro de Registro, mas ela informou que o livro deveria estar na prefeitura, mas que não havia nenhum rastro do livro em qualquer lugar.
Drexter comenta sobre talvez encontrar o livro na igreja, e assim, eles decidem analisar o terreno, depois ir na Igreja, o que irrita o guerreiro. Durîn, diz que precisam logo buscar os cavalos, mas o grupo começa uma discussão, inclusive sobre o estado mental de Vera, que Raio insistia em tentar ajudar, e uma estranha confusão entre ela e o mago acontece. Gritos e xingamentos são atirados de um lado para o outro, e somente se acalma quando o Paladino usa o Cetro de Benção, batendo na Tabaxi, e conjurando Calm Emotions. No fim, depois de todas essas enrolações eles acabam decidindo ir para a Igreja primeiro.
Ao chegarem perto do terreno abandonado, o paladino se lembrou da criança que morava na casa de frente para ele. E assim o eladrin se aproxima da casa, bate na porta. Mais uma vez a porta estava entre-aberta, e ao entrar ele sente o cheiro de morte. Na sala ele vê uma mulher, um bebê e um homem mortos, os 3 degolados. No corredor ele vê o pequeno garoto com quem havia conversado, morto enquanto corria. Todos por uma arma claramente cortante. Pesaroso, mas sem muito o que fazer, eles seguem para a igreja, enquanto o anão reclama que com os cavalos eles chegariam mais rápido.
Igreja de Lûnie A Imprevisível:
Depois de um tempo de caminhada os aventureiros chegam a igreja e se separam para investiga-la. Focando em livros que pudessem ajudar em seus treinamentos, livro de registro, e quaisquer outros livros de assuntos interessantes.
Raio encontrou um pequeno livro sobre Lavenus, e sua crença. Lendo-o e guardando para consultas posteriores, a ranger manteve seu foco nele até saírem da igreja. Conseguindo inclusive tempo para rezar no altar agora renovado para Lûnie.
Drexter e Sombra que focaram em livros de treinamento, não encontraram nenhum outro livro relevante, nem sobre quaisquer outros assuntos que os ajudassem no futuro. Porém, num canto da sala do padre, Yoni encontrou dois pergaminhos, um em produção e o outro já completo, encontrou também pena, tinta e papeis. Assim depois de guarda-los para o mago, ela continuou sua investigação pelo livro de registro.
Na sala do padre, depois de investigarem bastante, eles acabam encontrando um livro de registro de pessoas. E apesar de não ser um registro oficial, é um registro de nascimentos e mortes dos habitantes da cidade. Os aventureiros então se reúnem para investigar o livro e descobrem que ele também registrou o inicio dos problemas de memoria da cidade. Eles mostram o livro para Vera, que confirma ser uma copia, algo que o padre mantinha para registro da igreja.
Ao investigarem o livro, eles percebem que o padre anotava também quem se lembrava dele, e por todo ele, apenas dois nomes pareciam sempre se lembrar dele: João, que Alastor anotou com uma interrogação ao lado, dizendo não saber de onde veio. E o coroinha, a quem o padre chamava de Amadeu, escrevendo ao lado que o padre não conseguia se lembrar do sobrenome dele. Encontraram também registro de que o Coroinha sempre se lembrava de tudo.
O grupo procurou então por um registro de datas, tentando ver quando o Padre chegou na cidade, e quando ele começou estes registros. Pelas datas encontradas, o padre parece ter começado a anotar de verdade a um máximo de 4 anos, porém, existem registros com datas mais antigas, de aproximadamente 10 anos, que Alastor pode ter anotado no livro apenas como registro.
Drexter sugere procurarem pelo cemitério da cidade. E quando Vera indica que ficam ao sul da cidade, entre os parreirais, Durîn volta a falar de cavalos e o grupo imediatamente muda de foco, perguntando a Vera se ela se lembrava de alguma “Amanda”. A investigadora pega seu caderninho, e começa a procurar em suas paginas, e indica aos aventureiros que não está conseguindo encontrar. Drexter vê a dificuldade de lembrar-se dela, e usa Lay on Hands nela, tentando limpar seus problemas mentais, e assim Vera parece se acalmar.
A investigadora sem pedir atenção, mas falando em voz alta, diz que sua memoria estava ficando mais clara, e que se lembrava que Eduardo, o filho do taverneiro, havia encontrado o coroinha desmaiado no meio do parreiral, e o trouxe para a igreja. Ela disse, que a cidade durante todo esse período parecia lembrar-se diferente, tratando como se o tal “Amadeu”, tivesse vindo junto com o padre. Vera, arregalou os olhos e disse, lembrar-se de outra coisa, algo mais importante. Ela disse, que o ajudante do prefeito, que disse também se chamar joão, havia surgido no mesmo dia! E que ele veio a procura de uma mulher chamada “Amanda”. Intrigados os aventureiros começam uma discussão sem nexo, que culmina com os estranhas ideias dados por Nora. E graças a isso, o mago conjurou Detect Thoughts sobre ela.
Tudo ficou escuro, e o mago se viu num vazio. Mais a frente ele viu Nora sentada e abraçando seus joelhos no meio da escuridão, e atrás dela dois olhos amarelados se destacavam junto com uma boca grande que parecia sussurrar no ouvido dela. O mago percebeu que tudo que Nora estava falando agora, parecia sair de sua boca como se ela fosse apenas um conduíte, repetindo o que lhe era falado aos ouvidos. O mago encara os olhos amarelados e invocando o nome do Faraó Negro, ele tenta expulsar a entidade, que sorri num sorriso enorme, antes que tudo mudasse para uma nuvem de milhões e milhões de pensamentos da companheira. Al-Ghurab, viu nos pensamentos as lembranças sobre a casa, as horas de “Eu poderia ter ajudado…” que ela disse a Vera, as conversas dela com o padre, pedindo ajuda para encontrar a tal Amanda, além de conversas com o Prefeito, em que ela dizia: “Ele não é quem você pensa!“.
Al-Ghurab, rapidamente começa a focar nas conversas com o prefeito. E assim, viu os momentos em que o prefeito ajudou ela a escolher o apartamento, que havia sido indicado na verdade pelo Ajudante dele, o tal “joão”. Viu Nora retornar a prefeitura e reclamar que não parava de escutar barulhos no apartamento, e novamente quem respondeu para o prefeito, foi o ajudante, indicando que o prefeito sabia dos barulhos, e como uma marionete ele respondeu para ela que estava tudo certo. Em outra lembrança, pouco antes de ser capturada em seu apartamento, o mago viu ela sendo abordada por alguém encapuzado, enquanto ela tentava entrar na prefeitura para procurar o Livro Registro da cidade, mas ao encontrar o encapuzado, ele fugiu, e parecia estar com o livro. O mago seguiu a memoria, e viu Nora perseguindo o homem, que vestia negro e carregava uma cimitarra na cintura entrou no parreiral ao norte e sumiu. Em seguida, o elfo viu ela chegando em casa e sendo capturada, e logo depois viu apenas torturas, que fizeram com que o mago deixasse sua mente.
O elfo da areia contou ao grupo, que ela parecia estar sendo controlada por algum tipo de criatura poderosa, a quem Nora indicou ser o Patrono dela. Aquele que lhe concedeu seus poderes. O grupo tentou fuçar mais sobre o assunto, mas novamente a conversa começou a tomar rumos estranhos, então o mago voltou a falar sobre o que descobriu do prefeito. O clima era de intriga, e pensamentos profundos, mas Durîn interrompeu o momento dizendo para irem logo, pra poderem pegar logo os cavalos.
Não vendo outras formas de obter informações, o mago sentou-se e tentou ler do Livro de Nyarlathotep. Ele abriu o livro e percebeu inúmeras línguas e escritas passarem nas paginas sem se fixar, e foi graças ao anel, que ele conseguiu manter sua sanidade para focar em Deep Speech, para ler uma unica frase antes de fechar apavoradamente o livro. “Um de meus Templos, no Abismo Negro da terra, mantém as minhas relíquias mais sagradas…“. O mago se levantou desesperado e pediu um outro livro para distrair sua mente, e seguiu com os outros sem focar em mais nada, calado.
Finalmente, mais próximo ao anoitecer, os aventureiros deixaram a igreja, e depois de andarem apenas alguns minutos viram algo estranho no horizonte. Os arredores ao Noroeste de Ul’Ator pareciam estar pegando fogo. A fumaça negra subia aos céus, indicando inclusive que o fogo se espalhava. Segundos depois, outro foco de fogo se acende um pouco mais ao leste. Alguém estava colocando fogo nas fazendas. Durîn entra em desespero: “ESTÃO COLOCANDO FOGO NOS CAVALOS!!“, e instiga o grupo a correr, e o monge por correr mais rápido, vai na frente.
Os aventureiros se aproximavam cada vez mais da cidade, e a cada segundo, eles viam o fogo se alastrando, e outros focos se acendendo.
O monge chegou na cidade primeiro. As casas todas estavam pegando fogo. Sombra procurou nos arredores e percebeu que a ultima casa da Rua da Taverna, próxima da saída da cidade, parecia ter sido recentemente acesa. Curioso, e muito desconfiado, o monge correu pelas ruas em chamas, passando por toda a rua para então entrar na trilha que seguia para o Condado de Gascoigne, e procurar por suspeitos.
Os aventureiros chegaram correndo na cidade. A taverna já estava caindo em cinzas. Não haviam vestígios do monge, ou de qualquer outra pessoa. Eles olharam as chamas e tiveram a certeza de que isso havia sido feito por alguém, talvez até por magia. Foi então, que Durîn gritou em desespero: “OS CAVALOS!“, e o grupo viu 4 cavalos correndo soltos, tentando fugir das chamas. O anão se jogou em um deles, agarrando-o pelas rédeas.
Alguns minutos antes:
O monge havia acabado de passar pela rua da Taverna, chegando a mesma conclusão que seus companheiros chegariam em breve. O incêndio estava muito ordenado, foi claramente provocado. E assim, ao chegar na trilha para Gascoigne, ele viu um homem montado num cavalo. O homem vestido com um manto negro e capuz caído para trás, mantinha uma cimitarra presa ao lado e estava cavalgando na direção do condado. O monge, gritou na direção dele, e acabou fazendo com que ele se virasse e confirmasse a desconfiança do grupo. Era o Agente da P.M.I….
END