Sessão 014 – Portal do Inicio do Fim – Parte 1 (22/10/2019)

A Sociedade da Porta Branca, estava reunida numa câmara das minas de Ul’ator, inundada com vapor com cheiro capim limão da flor Inverno Eterno. Cânticos ritualísticos entoados em Infernal e Deep Speech ecoavam pelos tuneis, e junto deles um grito feminino, trazia a urgência…

Venorino , Dia 17 do 3º Mês de Inverno, 1 hora e 35 minutos após o anoitecer:

Os Aventureiros estavam na estranha câmara que ainda se enchia do estranho vapor de “Inverno Eterno”, e ainda discutiam se deveriam ou não tentar descer pela grade de pedra negra, ou tentar seguir por um dos tuneis. Al-Ghurab, limpou os arredores da pedra, conjurando Mold Earth, revelando uma tampa grande e cheia de furos pouco menores que o diâmetro do dedo mindinho dele. Mais uma vez eles discutem o que fazer e entendendo que a pedra formava uma especie de meia rosca nesta “chaminé”, Durin e Drexter, tiraram-na, liberando uma grande quantidade de vapor, que subiu pelos dois queimando apenas os pulmões de Durin, que não parava de reclamar, que se acumulou no teto arredondado da câmara.

A pedra era claramente uma especie de filtro, diminuindo o fluxo de vapor, para esta chaminé de quase 1,5m de diâmetro. O grupo percebe que o vapor se acumula no teto, mas não aumentava sua quantidade, nem se espalhava mais pelo local, indicando alguma saída, e depois de muito investigarem, eles encontram uma tubulação de bronze, claramente improvisada.

Confusão e indecisão tomou conta dos aventureiros, que não paravam de discutir, e de planejar como descer, pelo suposto túnel da chaminé, cujo fundo nenhum deles conseguia ver, mas tinham certeza passavam de pelo menos 9 metros. Sombra e Raio discutiam uma melhor forma de descer, enquanto os outros discutiam se usariam os tuneis. No fim, mesmo depois de ceder as cordas para que o anão segurasse, nenhum deles desceu imediatamente, e as discussões sobre quem desceria, onde amarrariam e se amarrariam em algum lugar continuaram, até que o Paladino, irritado, olhou para dentro da chaminé e se jogou, descendo com apoio na corda segurada por Durîn, frustrando os tabaxi que já estavam terminando seu plano.

 

Drexter escalou com rapidez, e os vapores começaram a inundar seu caminho, forçando-o a respirar com cuidado para não queimar seus pulmões. O paladino tinha descido quase os 9 metros, sem ver o final desta chaminé, e sabendo que ainda lhe restava pouca corda, ele decidiu descer tentando se apoiar também nas paredes, mas ao descer quase toda a corda, o vapor inundou suas narinas e queimou seu pulmão, causando desorientação, e fazendo com que ele soltasse a corda. O paladino caiu por talvez, quase o mesma distancia que havia conseguido descer pela corda, mas não tinha certeza, o corpo escorregou se arranhando e batendo nas paredes da chaminé umedecida pelo vapor de “Inverno Eterno”, e usando sua força, e uma grande quantidade de desespero, Drexter, conseguiu se segurar antes de terminar de cair.

Lá de cima, ecoou o Sussurro de Durîn: “DREXTER! DREXTER!!!“. E depois de informar que faltou corda, o anão, com ajuda do monge, amarrou uma segunda corda com toda sua força, e deixou desce-la, para auxiliar os próximos. O paladino sentiu a corda tocar seu braço, e apoiando-se com suas pernas, ele voltou para a corda e terminou de descer a corda, chegando a câmara inferior. A câmara era arredondada, mas era obviamente nova. Nos arredores encostados nas paredes haviam dez caldeirões grandes, e um decimo primeiro, estava abaixo da chaminé, logo abaixo dos pés do Paladino. Dos caldeirões, sob cada um deles estavam bocas de fogão a lenha improvisados, acesos e quentes o suficiente para ferver e levantar a enorme quantidade de vapor que subia pela chaminé. O paladino não viu nenhum vestígio de inimigo, mas também não havia nenhuma forma de descer sem o risco de se queimar. E assim, ele decidiu conjurar Fey Step de seu sangue Eladrin, descendo até o estreito corredor entre os caldeirões. Lá embaixo, Drexter, voltou a escutar as entonações do ritual que parecia ecoar pelo local todo. Nesta câmara haviam apenas duas saídas, uma escura e voltada para o norte, e uma outra iluminada pela luz avermelhada de tochas, voltada para o sul. Sem saber para onde exatamente ele deveria ir, o paladino, olhou ao redor e aguardou seus companheiros.

 

O segundo a descer foi Sombra, que, após combinar um sinal com o guerreiro, imediatamente entrou na chaminé, e aproveitando-se de sua agilidade felina, começou a descer rapidamente, sumindo nos vapores da estranha erva. Depois de descer o total das duas cordas, ele chegou a câmara onde estava Drexter, e vendo que faltava-lhe apenas um pouco de corda, o tabaxi puxou a corda avisando ao anão para que ele amarrasse mais corda, analisou as paredes úmidas desta chaminé, posicionou seus pés separadamente, uma em cada parede, abrindo escala para soltar a corda ainda presa firmemente em suas mãos. Foi então que, depois de soltar a corda ele percebeu que seus pés estavam muito na beirada da saída deste poço. As paredes cederam e com um estalo no ar, o tabaxi caiu com as pernas esticadas para cima do caldeirão abaixo dele. Desespero tomou conta dele, mas com rapidez o monge virou-se no ar, e conseguiu se jogar para o lado do caldeirão, queimando-se apenas no braço e batendo as costas no chão, ecoando um grito de dor.

 

Lá em cima, Durîn, puxou as cordas e começou a amarrar a terceira corda, e jogou-a para dentro do poço novamente, mas o grupo discutia em cima sobre como segurar a corda de forma melhor, e lá no fundo o Paladino e o Monge discutiam sobre a posição dos caldeirões e sobre quem seguraria a corda para ajudar os outros a descer. Os encantos continuavam a ecoar pela câmara, vindos de todos os lados.

 

Raio começou a descer a corda, mas ela estava muito nervosa e levou um tempo para começar realmente a descer. E foi quando ela estava já quase na metade do poço, que eles escutaram a discussão entre Drexter e Sombra, e depois de um grito imponente do paladino, exigindo a ponta da corda para ele, a corda tremeu com força. Provavelmente, o nervosismo da tabaxi tenha contribuído com a situação, pois o balançar da corda foi o bastante para Raio soltar da corda e despencar pelo poço abaixo. Raio esticou os braços, tentando diminuir sua queda mas nada funcionava, as paredes estavam muito úmidas, e no fim ela caiu pelo teto, da câmara inferior, e talvez tenha sido graças a tentativa do paladino de impedir a queda da tabaxi direto no caldeirão, que os dois conseguiram sair da situação ainda vivos. A água quente e o impacto derrubaram a ranger, deixando-a inconsciente, mas apenas queimaram o paladino, que imediatamente usou sua Lay on Hands, para curar Raio e ele, enquanto pedia silencio aos tabaxi. Pois afinal, esta era uma missão furtiva…

 

Durîn e Al-Ghurab escutavam os gritos vindos lá do fundo, enquanto Yoni usava sua Transformação Selvagem, para se transformar num lagarto gigante, para descer o poço sem dificuldades. O guerreiro estava tentando entender a situação, quando o mago simplesmente diz: “Ei Durîn, eu lembrei de uma coisa que eu tenho na minha mochila agora…“, e retirando um gancho de escalada os três se olharam em silencio.

 

O silencio se quebrou quando Yoni desceu o poço rapidamente, chegando rapidamente lá embaixo, apesar da umidade das paredes. A druida saiu do poço passando para o teto da outra câmara e foi ao chão pela parede do túnel iluminado voltando rapidamente para junto dos companheiros. O anão pegou o gancho de escalada do mago, e prendeu nele a corda, e depois de passar o gancho pelos furos da pedra negra e virando ela por cima para servir de garantia, o anão amarrou a corda ao redor do mago e começou a desce-lo apenas com sua força.

 

Enquanto isso, Raio analisava o conteúdo dos caldeirões, confirmando a existência de alguns androceus das flores do “Inverno Eterno” no chão, mas em uma grande quantidade nos caldeirões, que os ferviam junto de outras especiarias. Decidida a corromper as formulas fervendo nos caldeirões, ela começa a checar o conteúdo dos caldeirões e de seu kit de herbalismo, guardando uma das flores caídas no chão. Os ecos das estranhas palavras continuavam a ecoar pela câmara, e nenhum deles conseguia ter certeza de onde vinham, pois provavelmente elas percorriam tubulações que estavam nesta sala.

O elfo da areia chegou finalmente na câmara inferior, e depois de ser ajudado pelo paladino, restava apenas esperar o anão descer, e com a conjuração de Minor Illusion, o mago conseguiu avisar o guerreiro, que posicionou melhor a tampa e começou a descer as cordas amarradas.

Depois de analisar o conteúdo dos caldeirões, Raio não conseguia chegar a uma formula especifica que estaria sendo construída pela junção das ervas, especiarias e estas estranhas flores, e no fim ela decidiu tentar apagar as chamas. Vendo as tentativas da Ranger, o mago conjurou Gust tentando apagar as chamas, mas devido a posição e construção destas “bocas de fogão a lenha” ele não conseguiu. Vendo a frustrada tentativa do mago, Raio colhe liquido do caldeirão com um frasco dela, e decide pegar suas duas barras de Sabão, cortar uma em 10 pedaços para distribuir nos dez caldeirões ao redor da câmara, e partir o outro ao meio, jogando metade no caldeirão do centro, e guardando o outro na mochila. A ranger não tinha certeza se funcionará, mas ela tinha certeza de que a mistura alquímica com certeza seria alterada pelo sabão, e vendo o borbulhar do sabão a tabaxi ficou satisfeita.

Enquanto isso Durîn, enfrentou algumas dificuldades descendo o poço sem auxilio, mas conseguiu chegar sem problemas a câmara inferior, onde não reconhecendo o cheiro de sabão, ele chegou reclamando do horrendo cheiro estranho de que a sala estava se inundando. No chão, eles continuavam a escutar as entonações, e Durîn entendia pouco as palavras ecoadas, mas ele tinha certeza que ainda é a mesma entonação arcana, porém, por não saberem para qual corredor seguir, eles começaram uma pequena discussão para decidir o que fazer.

 

Depois de ponderar os ecos, e direções que deveriam tomar, os aventureiros entraram no corredor e seguiram no escuro por um tempo até que os ecos do ritual começaram a diminuir. Percebendo que era o caminho errado, eles retornam para a câmara e entraram no corredor iluminado por tochas, mas desta vez eles foram silenciosamente, com a ajuda da conjuração com Ki de Pass Without Trace, a Sociedade da Porta Branca entra quase toda silenciosa, pois Durîn, mesmo sob os efeitos da magia, continuava a fazer barulho ao andar. Yoni insistiu que ele montasse nela, e com isso o grupo manteve seus movimentos seguintes bem silenciosos, apesar de todos os gritos de dor, gritos e discussões que ecoaram pelas minas nos últimos minutos.

 

As tochas estavam dispostas com uma distancia de 15 metros entre elas. Eles andaram com cautela neste corredor parecia descer lentamente em uma forma circular, percebendo no chão os rastros recentes de um grande numero de pessoas, indo e voltando por ele. E após quase 3 minutos de caminhada, os aventureiros chegaram ao final deste túnel, de onde vinha uma iluminação mais constante, e os ecos muito mais claros das entoações ritualísticas dizendo em Infernal e em Deep Speech:

Voz mais alta, e rouca entoando em Infernal: “Sem Face, Consuma estas almas!“.

Coro em Deep Speech: “Assim Seja!“.

Voz mais alta, e rouca entoando em Infernal: “Recolha estas oferendas de corpos podres, e consciências decaídas!“.

Coro em Deep Speech: “Assim Seja!“.

Voz mais alta, e rouca entoando em Infernal: “Junte estes seres em teu Caos Eterno…“.

Coro em Deep Speech: “Assim Seja!“.

Voz mais alta, e rouca entoando em Infernal: “… Forme a perfeição!“.

Coro em Deep Speech: “Assim Seja!“.

Voz mais alta, e rouca entoando em Infernal: “… A mensagem!“.

Coro em Deep Speech: “Assim Seja!“.

Voz mais alta, e rouca entoando em Infernal: “… o portal do início do fim!“.

Coro em Deep Speech: “Assim Seja!“.

Os aventureiros escutaram a tradução do infernal de Durîn, e começaram a discutir mais uma vez sobre o que fazer. Enquanto o mago indicou sua opinião sobre sacrifícios, e o paladino falava sobre a possibilidade de usar uma magia dele para causar a morte em massa dos inimigos, Raio seguiu silenciosamente para a frente, saindo do corredor para uma rampa que descia circulando uma enorme câmara redonda iluminada por quase 30 tochas presas nas paredes, além de um estranho brilho que parece preencher o local. No centro dela, a 70 ft (14sq ou 21m) abaixo da saída do corredor, havia um altar de pedra, e a Ranger viu em cima dele pelo menos um coração, figado, rins, olhos e talvez órgãos genitais, mas desta distancia não havia como saber se haviam entranhas de mais de um humanoide, principalmente, por que sua atenção se focou nos 3 postes de madeira formando um triangulo ao redor do altar. Neles estavam presos 3 pessoas, com os braços e pernas presos nos postes, que pareciam respirar, estavam portanto vivas. A ranger focou seus olhos neles e os reconheceu imediatamente. Eram O padre Alastor, a Investigadora Vera, e Nora, e os três estavam muito machucados.

Em choque, Raio confirmou à distancia que Nora Akhiel estava presa ali a algum tempo, e os outros tinham poucos ferimentos, e claramente eram mais recentes. Após estas descobertas a ranger olhou ao redor, focando agora nos inimigos. Havia um homem encapuzado, alto e mais magro que os outros, ele estava ajoelhado diante do altar, olhando na direção do poste de Nora com os braços estirados, entoando em na outra língua que ela deduz ser infernal. Formando um triangulo com ele, estavam dois outros cultistas também encapuzados. Raio os reconheceu imediatamente, eram os 3 homens que viu sair do apartamento, o ajoelhado parecia ser o líder, e os outros dois eram os humanoides gigantes. Ao redor dos 3 formando um circulo, estavam outros 10 cultistas encapuzados, que também mantinham sua concentração entoando em Deep Speech.

A ranger decide retornar para o grupo, mas antes disso ela conjura Hunter’s Mark sobre o líder, e sem ser percebida ela volta para o corredor, tomando uma Poção de Cura. Depois informar aos companheiros, e enquanto Sombra tomava sua poção, Drexter andou o mais silenciosamente possível, para tentar checar se os 3 reféns realmente estavam vivos, mas os ecos do ritual não o deixaram focar direito, e assim, acreditando que os 3 estavam mortos, ele canalizou seu Presente de Iantarkel, conjurando Sickening Radiance centrado no altar, que graças a sua enorme área de efeito, ela atingiu todos os inimigos do local, que perceberam imediatamente a presença do paladino, mas não pararam suas entoações.

 

Vendo o amigo exposto na rampa, Al-Ghurab andou até a saída do túnel e depois de uma breve analise da câmara, percebendo que o teto estava a aproximadamente 40 ft(8sq ou 12m) de altura dali, ele resolveu descer a rampa para diminuir sua distancia dele para o líder no chão. Yoni ainda em forma de Lagarto Gigante, saiu do corredor pela parede e deixou o Guerreiro cair na rampa, e graças ao treinamento do anão, ele caiu em pé, preparado para batalha. Depois de deixar o anão, a druida desceu se desfazendo sua transformação selvagem e tentou conjurar Entangle posicionando-o para que atingisse o líder e ao menos um dos gigantes Cultistas, mas algo impediu que a halfling se concentrasse suficiente para concluir a magia, e ela simplesmente falhou. Durîn, correu o máximo que pode, descendo a rampa com o Martelo-machado em punho, e viu o monge correr como nunca, passando por todos e descendo praticamente até a metade da rampa, ficando a 35ft (7sq ou 10,5m) do chão.

 

Os cultistas continuaram a entoar o ritual com uma concentração imensa, mas a magia conjurada pelo paladino, causou dano radiante em 6 dos cultistas ao redor do altar, cansando também seus corpos físicos, deixando-os exaustos, mas mantiveram suas composturas sem emitir o verdadeiro incomodo que esta magia os causara. Do padre Alastor e de Nora, ecoou um grito de terror, mostrando ao paladino que pelo menos até aquele momento, eles estavam vivo, Vera parece ter resistido a magia e tentava chamar a atenção do padre. Raio saiu do corredor, descendo a rampa com sua Rapier e Besta em mãos, e atirou um dardo contra o líder. O dardo atingiu o manto do líder, e ricocheteou emitindo um barulho de metal, demonstrando a todos que ele usava uma armadura por baixo. Drexter, manteve a concentração da magia conjurada, e desceu um pouco mais na rampa, gritando com os inimigos: “INFIÉIS DE BAHAMUT! VIM TRAZER DESTRUIÇÃO SOBRE SUAS ALMAS!“, mas seu grito ecoou junto com as entoações, e pareceu não afetar ninguém. Ou quase ninguém, pois um dos cultistas parecia estar prestes a correr, quando recebeu uma pedrada e com a ordem de continuar, ele se manteve em posição.

Al-Ghurab desceu mais na rampa, focando sua em um dos cultistas que parecia muito ferido, e quando atingiu a distancia necessária, ele conjurou Toll the Dead, causando dano necrótico contra ele, e gritando em Deep Speech: “DEIXE NORA! OS OUTROS EU NÃO ME IMPORTO!“. E foi neste momento, que eles perceberam que havia alguém preso na parede logo abaixo do elfo da areia, ele estava amarrado pela cintura, e com estacas prendendo-o na parede pelos pulsos e pés. O homem virando-se para os cultistas gritou em comum: “GALERA, QUEM É NORA PORRA?!“, e não obtendo resposta ele continuou: “GALERA, Pô! Sacanagem! Eu disse que não fui eu! Me responde pô!“. Aproveitando a situação, Durîn gritou de volta: “RONALDO, CADE VOCÊ! VIEMOS TE SALVAR! RONALDO CHEGADO!“, desesperado o homem preso continuou gritando “EI PÔ, É MENTIRA DELES! FAZ ISSO NÃO, PORRA! SACANAGEM PORRA! “, e como um ultimo prego no caixão do pobre Ronaldo, o mago concluiu com: “RONALDO, OBRIGADO PELA DICA“.

Enquanto a gritaria ecoava pelo local, Yoni se posicionou melhor e conjurou acima do líder, Flaming Sphere, que caiu sobre ele, surpreendendo o cultista que foi atingido em cheio, deixando o manto dele em chamas, e mesmo assim, o homem não parece ter se abalado com as chamas e continuava a entoar as palavras para o estranho ritual. Vendo os acontecimentos, Durîn voltou-se para os cultistas e gritou: “SARGENTO DURÎN, DA MILICIA DE UL-ATOR! TA TODO MUNDO PRESO PORRA!“.

O grito do anão, parou temporariamente os cultistas no circulo, mas não parece ter afetado o líder do grupo e os dois misteriosos cultistas que o auxiliavam formando o triangulo junto ao altar. Os Cultistas começaram a gritar de desespero dizendo: “FUDEU! VAMOS SER PRESO PORRA!“, e Ronaldo gritou: “EI SEU MILICIA, TÃO ME PRENDENDO AQUI PORRA! VÃO ME MATAR PORRA! ME SALVA!“. Mas após olhares do líder, os cultistas mesmo nervosos voltaram a entoar suas partes, mesmo que tremidas de receio.

 

Sombra desceu mais, quase saindo da rampa, tentando chegar nos inimigos o mais rápido possível, e ao fazer a volta na câmara, o tabaxi viu o manto se desfazer em chamas no rosto do líder, e o reconheceu. Era o Coroinha. Ao terminar de descer, ele viu também ao lado do altar, caído no chão, os restos mortais de um humano, e o cranio decepado e sem olhos de Eduardo, o filho do taverneiro.

Mais uma vez a magia do paladino, feriu e deixou os corpos de alguns dos cultistas do circulo enfraquecidos, um dos gigantes que formam o triangulo com o líder, e derrubou 4 inimigos que já haviam sofrido por ela antes, matando-os com o brilho esverdeado emanado pela magia. O Líder do Culto gritou: “MANTENHAM A POSIÇÃO! E VOLTEM A ENTOAR!“.

Raio desceu mais na rampa para deixar o líder dentro do alcance e usou seu Instinto de Caçador para analisa-lo, e conseguiu sentir que ele era de alguma forma Imune a fogo, e era resistente a danos de Veneno, Acido, Necróticos e Radiante. E depois de marca-lo com seu Hunter’s Prey, ela aguardava a oportunidade de ataca-lo.

Os Reféns, também sofriam com a magia do Paladino, levando o padre para mais próximo da morte, e deixando Nora cada vez mais ferida. Mesmo assim, Drexter estava focado na batalha e desceu mais pela rampa se aproximando mais dos inimigos. Al-Ghurab conjura Silent Image, formando um enorme Troll, ou o que ele imaginava ser um, com 15 Ft (3sq ou 4,5m) de largura e altura. O troll olhava diretamente para o líder com uma cara maligna, mas a face do Troll era estranha e não parece ter demonstrado a intenção desejada, e no fim apenas um dos cultistas correu da imagem, se aproximando do Monge na rampa. Imediatamente Durîn Gritou: “SOLDADO TROLL DA MILICIA! PRENDA ELES!“, e aproveitando-se disso, o Mago mudou a forma do troll, para que ele usasse uma roupa de milico, com um distintivo dizendo “Patrick“, tirando olhares estranhos de todos, exceto do homem que estava ainda em panico. Yoni desceu correndo pela rampa, e quando estava na distancia certa para o Padre, ela conjurou Healing Word, curando e acordando ele, e mirando em um cultista ferido, ela conjurou Eldritch Blast, atirando o raio verde sobre o inimigo, explodindo sua cabeça. Ainda muito distante, o anão desceu correndo pela rampa, ao mesmo tempo em que o Padre Alastor recobra sua consciência, e começa a gritar para os aventureiros: “NÃO! NÃO! FUJAM! FUJAM!“.

 

Sombra que já estava lá em baixo, se aproximou do cultista dentro do circulo e o bateu com o bastão na garganta dele, e o acerta com um murro no maxilar, derrubando o inimigo. O Monge olhou ao redor e se posicionou próximo ao cultista que havia se afastado, preparando-se para derrubar mais um.

A aura de dano radiante conjurada pelo Paladino, ferindo e cansando ainda mais um dos cultistas no circulo, e fazendo o mesmo com o cultista gigante, próximo ao altar. O cultista próximo ao monge, olhou para o líder que disse calmamente: “Faça o que tem que fazer!“, e sacando uma adaga e acerta seu próprio abdome, e com uma imensa dor, ele começa a se contorcer, dobrando sua coluna ao contrario, enquanto seu corpo começa a se mesclar, formando uma massa de carne. Vendo isso o Líder continua: “Falta pouco! Continuem!“, e continuando a entoação, os dois outros cultistas gigantes, estiram seus braços e cortam seus pulsos sobre o altar, enquanto o anão grita xingamentos em infernal para o líder, mas acaba atrapalhando apenas um dos cultistas do circulo.

Raio, pega um frasco de água do caldeirão e joga sobre o altar, quebrando-o e espalhando o liquido em cima do altar. Na expectativa eles observam o ritual, mas os cultistas não parecem ter ficado preocupados com isso.

Dos reféns, apenas Vera continua escapando da magia do paladino, que derruba Nora e o padre que havia sido curado pela druida. Al-Ghurab, desceu mais na rampa, e conjurando Minor Illusion, ele tentou reproduzir um grito cavernoso do troll dizendo: “PARE AGOORA!!“, mas seu nervosismo, fez com que a voz soasse como uma menina escandalosa, chamando atenção de todos, mas não surtiu o efeito esperado. Yoni, vendo o cultista se transformando numa criatura de insanidade, moveu sua esfera de fogo para junto dela, e conjurou Eldritch Blast contra um dos outros cultistas que ainda restavam, causando dano de força com seu raio verde, e desceu mais na rampa.

Durîn, terminou de descer a rampa com sua arma em mãos, pronto para batalha. E enquanto o anão e os outros gritavam em infernal e em deep speech, para atrapalhar o ritual, o líder do culto esticou seus braços e junto de seus últimos seguidores mudaram as palavras do ritual dizendo:

Voz mais alta, e rouca entoando em Infernal: “Sem Face, Consuma estas almas! Oh, Faraó Negro…“.

Coro em Deep Speech: “Assim Seja!“.

Voz mais alta, e rouca entoando em Infernal: “Recolha estas oferendas de corpos podres, e consciências decaídas, e de servos caídos!“.

Coro em Deep Speech: “Assim Seja!“.

Voz mais alta, e rouca entoando em Infernal: “Junte estes seres em teu Caos Eterno…“.

Coro em Deep Speech: “Assim Seja!“.

Voz mais alta, e rouca entoando em Infernal: “… Forme a perfeição na desordem!“.

Coro em Deep Speech: “Assim Seja!“.

Voz mais alta, e rouca entoando em Infernal: “…Forme a mensagem para o portal do início do fim!“.

Coro em Deep Speech: “Assim Seja!“.

E neste momento, os aventureiros viram os corpos dos inimigos caídos, virarem uma massa de carne e sangue, e se juntarem acima do altar. Viram os cultistas ainda vivos e na formação do círculo sangrarem do peito e caírem mortos, juntando-se a massa de carne e sangue, que se unem ali com o coração, o pulmão, olhos e genitália do pobre Eduardo.

A massa de carne e sangue flutua sobre o altar e começa a ficar homogênea, enquanto o coroinha continua repetindo sua entoação.

Da frente dele ainda formando o triângulo, as vozes dos gigantes finalmente são escutadas, e como se eles tivessem inúmeras vozes, os gigantes dizem num coro macabro e contínuo, que ao mesmo tempo soam em comum, infernal deep speech e abissal: “Assim seja, venha a nós!“.

END.