Sessão 001 – Parreiral no Inverno (18/07/2019)

Segundo-labor, dia 23 do 1º Mês do Inverno de 2790 RI, ao amanhecer.

Quase um ano desde a ultima vez em que os 8 sobreviventes da Sociedade da Porta Branca, se viram em sonho, e diante deles se apresentava um Tabaxi da Companhia de Entregas dos Gatos de Calças, utilizada pelo Império para Realizar entregas difíceis…

Desde 2787 RI, Nora Akhiel enviava cartas as residencias de seus companheiros, mantendo-os informados sobre sua falta de progresso na investigação da tal relíquia, encontrada no porão da misteriosa mansão. E desde então ela havia enviado para cada um deles pequenos pacotes, que misteriosamente estavam vazios, e cujas respostas já viam previamente pagas, mas as perguntas sobre as caixas vazias nunca eram respondidas… Alguém parecia estar interceptando as caixas, abrindo-as e depois lacrando novamente.

Até este dia, Nora nunca havia enviado, ou sabia dos paradeiros deles, quando estavam treinando nas florestas, no monastério, ou viajando pelo mundo, além disso a companhia exigia a indicação correta do local, e pagamento prévio, mas, eis que na frente deles estava o Entregador, com uma carta em mãos e após recolher a assinatura, cada um deles recebeu uma misteriosa carta…

 

Yoni Pavio-curto, estava treinando no bosque do Obi ao norte da Floresta de Edalin no Principado de Aalemas, quando o tabaxi a abordou, a Halfling ficou atônita, mas recebeu a carta, leu e depois de discutir com sua tutora, e desconfiando que a cidade que ela havia visto em sonho, ficava no Principado ao oeste de onde ela estava, ela partiu imediatamente seguindo as trilhas mais longas, sempre buscando por formas de vender suas Goodberrys, e conseguir algum dinheiro para manter-se na viagem. No caminho, a Druida procurou por vestígios do local de seu sonho, e ao tentar pedir ajuda a uma Águia que sobrevoava os parreirais no caminho, por meio de Animal Friendship, a pequena halfling, se viu perseguida por algo que estava tomando a forma de uma águia, pois seu canto era estranho muito estranho, e ela claramente não deveria ser uma águia comum, temendo um ataque ela fez voltas maiores, evitando ao máximo, passar pelos Parreirais.

 

Durîn Holderhek, acordou sem memorias numa taverna em algum lugar das terras livres ao norte. Tudo era estranho para ele, e as únicas memorias, eram suas lembranças do que aconteceu com ele na mansão, e alguns poucos momentos que não o traziam principalmente, um caminho a trilhar. Ele havia sido acordado como um mendigo, na porta de um templo, quando o Tabaxi o abordou, entregando a ele a misteriosa carta. Sem muitas pistas, e com a vaga lembrança de quem era Nora, e com sua intuição indicando uma grande chance da remete viver em algum lugar do norte do Principado de Breanna, o anão, tenta pedir algumas esmolas, e acaba partindo com uma caravana que seguia pelo norte gelado até o império.

Sombra do Ártico, estava escalando um dos picos nas Montanhas Geladas, quando foi abordado pelo entregador. O tabaxi tentou arrancar informações, mas como o pobre entregador não podia dizer nada, o monge acabou decidido a descer as montanhas e seguir para o sul, até o Principado de Breanna, por onde ele poderia requisitar mais informações aos correios imperiais, e quem sabe descobrir onde estava Nora.

Durîn e Sombra, se encontraram na caravana, quase ao final de sua jornada. O anão, requisitou estranhamente que o monge tentasse, sorrateiramente, entrar na carruagem/cabana, onde ficava uma velha senhora, que fazia questão de alimentar a todos com uma deliciosa sopa durante a noite, mas sua insistência em manter um dos ingredientes um mistério, fez com que o guerreiro desconfiasse da índole da velha. Sombra não havia entendido o porque, e para ele não fazia diferença, afinal ele caçava todos os dias, mas o Monge tentou bisbilhotar algumas vezes, mas o tabaxi falhou miseravelmente, alertando a todos de sua tentativa, e forçando o anão, a tentar sozinho.

Durîn talvez nunca repita para ninguém o que ele viu, mas com certeza se lembrará por toda sua vida o que viu no saco de carnes, de onde a velha senhora tirava pedaços todas as noites para fazer o delicioso caldo para a sopa. Em um momento de distração da velha, ele abriu o saco e viu pedaços de crianças, braços, pernas, dorsos, cabeças, o pobre anão não conseguiu tempo nem ao menos para contar, desmaiando ali mesmo. O anão, ficou desacordado até a caravana chegar ao Principado de Breanna, e enquanto isso o tabaxi o alimentou, com parte de sua caça.

 

Raio do Segundo Sol, estava dentro do Principado de Rhomard, mas a tabaxi estava longe de casa, seguindo pelas trilhas, treinando sua arte de sobrevivência, quando foi abordada pelo entregador. Raio recebeu  a carta com muita curiosidade, e depois de analisa-la de todas as formas, e após deduzir que deveria seguir para o norte, para o Principado de Breanna, a tabaxi Ranger seguiu viagem.

Al-Ghurab, analisava livros de uma biblioteca imperial no Principado de Rhomard, a varias milhas de sua casa, quando o tabaxi entregador, o abordou. O mago, recebeu a carta receoso, mas prontamente leu seu conteúdo. E tendo recebido uma pista de onde ela estava, e com sua curiosidade aguçada, o Mago pegou a estrada novamente, seguindo para o norte em direção ao Principado de Breanna.

Drexter Lua-de-Sangue, Estava em seus aposentos no Monastério Belloporto, no Principado de Ibealia, quando foi avisado da chegada de uma entrega. O paladino, analisou a carta, e imediatamente ponderou, se o perigo que Nora parecia passar, merecia sua atenção. Após sua decisão, o Eladrin resolveu pedir ao alto-sacerdote do monastério, que o cedesse um cavalo, e mantimentos, e para justificar a ajuda o Paladino de Bahamut, contou tudo que podia sobre sua experiencia na mansão, entregando inclusive a carta de Nora ao sacerdote. No fim, o eladrin acabou perdendo a carta, e foi dispensado para viajar, mas deveria comprar seus mantimentos com o dinheiro que tinha.

Sem dinheiro, o Paladino tentou negociar com o velho encarregado do monastério, mas no fim conseguiu apenas um cavalo emprestado, que deveria ser devolvido ou pago por ele no futuro. Mas Bahamut não o deixava desistir, e Drexter, utilizou-se do cavalo para voltar para a casa de seus pais, onde quase foi deserdado, mas no fim recebeu dois cantis de sua mãe, e após ameaçar o capataz da fazenda, ele acabou saindo de lá com um dos cavalos de seu pai.

Finalmente, depois de devolver o cavalo ao monastério, Drexter partiu para o Principado de Breanna, de onde ele desconfiava terem vindo as cartas anteriores.

No caminho, Drexter se reuniu com Al-ghurab, e Raio, que prontamente revelou o conteúdo de sua carta para eles, falando-lhes sobre os avisos encontrados na carta, sobre o Parreiral: “Cuidado com os Parreirais”, “Eles estão nas Plantações” e “Evitem os Parreirais”, e que havia encontrado o Simbolo do Condado de Gascoigne, bem apagado. E assim, mesmo com a mentira de Al-ghurab, sobre não ter sua carta, eles partiram rumo ao Condado de Gascoigne, pegando carona em algumas caravanas, e viajando o mais rápido possível…

 

Terceiro-labor, dia 13 do 3º mês do Inverno de 2790 RI.

50 dias se passaram, e todos acabaram se encontrando na cidadela do Condado de Gascoingne. E ao meio do dia, eles estavam todos sentados em uma mesa de taverna, discutindo o que fazer…

Apenas, Al-ghurab, Raio, Sombra e Yoni tinham suas cartas, pois Durîn havia usado a carta para se limpar durante a viagem e Drexter teve sua carta confiscada pelo Alto-sacerdote. Ao trocarem informações, o mago percebe que sua Carta é diferente, e ele a retira de suas coisas para revelar seu conteúdo, revelando sua mentira para Raio, mas o espanto foi imediato, pois ao tentar revelar a carta a todos, o papel pegou fogo imediatamente.

Todos viram o papel se desfazer em chamas, mas Raio viu algo mais, Raio viu um Simbolo que quase a levou a loucura, deixando-a em Panico. O mago, conjura Charm Person, para tentar forçadamente acalma-la, e de certa forma a magia funciona, mas o Simbolo sumiu de sua mente. Para os outros, o Simbolo parecia uma Runa arcana, e para alguns deles retornou a memoria desta runa em uma das portas do primeiro andar da mansão.

Al-ghurab, tenta desenhar o simbolo que havia visto, mas não ele não conseguiu reproduzi-lo.

Neste momento todos escutam o canto de uma ave, Yoni, escutou o canto e imediatamente confirmou pertencer a estranha Águia que havia encontrado.

A Sociedade da Porta Branca, discute então sobre o conteúdo da carta, os acontecimentos estranhos, e seus objetivos, enquanto a servente da taverna, lhes serve comida e bebidas. Eles não chegaram a muitas conclusões, mas Yoni tem certeza que estava sendo seguida, e os avisos sobre os parreirais encontrados por Raio em sua Carta os deixa em alerta.

Ao tentar analisar sua carta novamente, Raio percebe que excetuando suas anotações do que havia encontrado ao lado, o papel estava todo branco.

Curiosa Yoni pega sua carta e tenta ler seu conteúdo, mas nada mais estava escrito, e em seu lugar estava escrito uma unica palavra no centro do papel: “AMANDA”, e por cima dela e em toda a extensão dele, estava escrito repetidamente: “Não estava lá !!”.

Os aventureiros discutem sobre Amanda, por mais um tempo, enquanto alguns deles comem. Para alguns deles Amanda era a criança que se jogou da janela do segundo andar, caindo e sendo devorada pelo monstro no Jardim quando eles tinham 9 anos.

Ao perceberem que não haviam pedido comida, o grupo indaga sobre o preço dela, e acabam descobrindo, que não somente seu consumo estavam pagos, quanto 6 quartos foram pagos por uma misteriosa viajante encapuzada, que segundo a taverneira havia chegado com eles, e deixado tudo pago. Eles não descobriram mais nada sobre ela, desconfiados e assustados eles negociaram a troca de seus quartos individuais, pela chave de um quarto comunitário e se recolheram.

No quarto, eles descobriram que Sombra tem sonambulismo, e eles acabam amarrando o pobre Monge em uma das camas. Al-Ghurab e Drexter, ficaram de vigília, e escutaram a maldita águia no meio da madrugada.

Ao amanhecer do Quarto-labor, no dia 14 do 3º mês do Inverno, a Sociedade da Porta Branca, seguiu viagem, alertas e temerosos pelo seu futuro, mas decididos a descobrir o que houve.

Yoni, preocupada, escutava pela estranha águia o tempo todo. Raio mantinha os olhos e ouvidos atentos as trilhas que os levavam para uma das cidadezinhas do Condado de Gascoigne, chamada Ul’ator, que haviam deduzido ser a mais próxima, pelas conversas com o taverneiro. Os aventureiros seguiram então de posse apenas das 3 cartas que ainda restavam, a carta em branco com anotações de Raio, a carta de Yoni, e a carta em branco de Sombra…

A viagem foi calma, mas o grupo percebeu a ausência de animais na região, o que os deixou tensos, mas apenas os forçavam a seguir mais rápidos, afinal ainda precisavam encontrar e confirmar que a Ul’ator era a cidadezinha que procuravam.
Ao por do sol, a Sociedade da Porta Branca chegou a Ul’ator, e um a um eles perceberam, que a cena que vivenciavam, era a cena do ultimo sonho em que eles todos haviam se visto. Do grupo faltavam 2, mas a cidadezinha era exatamente a que viram em sonho, exceto para o local onde deveria estar a Casa Negra, com a Porta branca aberta, nela havia apenas um terreno baldio….
END

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